O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por uma ampla margem em um eventual segundo turno nas eleições presidenciais de 2026, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (6).
Na simulação direta contra o senador Flávio Bolsonaro, Lula alcança 51% das intenções de voto, contra 36% do filho do ex-presidente, uma diferença de 15 pontos percentuais. O levantamento, que entrevistou 2.002 eleitores entre 2 e 4 de dezembro, mostra que outros nomes da direita apresentam resultados mais próximos de Lula.
Outros nomes da direita foram testados e aparecem mais próximos de Lula, embora também atrás. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), perderia por 47% a 42%. O paranaense Ratinho Jr. (PSD) registra 41% contra 47% do presidente.
Entre os integrantes do clã Bolsonaro, os resultados seguem desfavoráveis. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) cai de 37% para 35% frente a Lula, que sobe de 49% para 52%. Michelle Bolsonaro (PL-DF) perde por 50% a 39%.
O instituto ainda simulou uma disputa direta entre Jair Bolsonaro e Lula, considerando o período anterior a eventual indeferimento de candidatura. Nesse cenário, a vantagem do ex-presidente diminuiu após a condenação e prisão: de 47% a 43% para 49% a 40% em favor de Lula. As chances de Bolsonaro concorrer, contudo, são avaliadas como nulas.
Cenário de 1º Turno
No primeiro turno, Lula mantém uma liderança consolidada nos diferentes cenários testados. Em uma das simulações:
Lula (PT): 41%
Flávio Bolsonaro (PL): 18%
Ratinho Jr. (PSD): 12%
Ronaldo Caiado (União Brasil-GO): 7%
Romeu Zema (Novo-MG): 6%
Em um cenário com Michelle Bolsonaro no páreo, ela alcança 24%, enquanto Lula se mantém em 41%.
Rejeição
A rejeição aos principais nomes é alta, mas os governadores apresentam taxas mais baixas, o que explica sua maior competitividade em relação ao clã Bolsonaro:
Jair Bolsonaro: 45% (empate técnico com Lula)
Lula: 44% (empate técnico com Jair Bolsonaro)
Flávio Bolsonaro: 38%
Tarcísio de Freitas: 20%
Ratinho Jr.: 21%
A pesquisa indica que a direita inicia o ciclo eleitoral fragmentada, e que o cenário do governo Lula, embora confortável na largada (32% de aprovação e 38% de reprovação), requer a ampliação de alianças e a redução da rejeição até 2026.