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Inflação de janeiro fica em 0,42%, puxada pela alta dos alimentos

Segundo o IBGE, a alta registrada no grupo é ocasionada por fatores climáticos no começo deste ano.

Da redação

Quinta - 08/02/2024 às 10:30



Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil Dinheiro
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) constatou que a inflação oficial no mês de janeiro ficou em 0,42%. Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o índice sugere que a taxa foi influenciada pela alta no preço dos alimentos. O patamar fica abaixo do 0,56% apurado pelo no mês anterior, pelo instituto de pesquisa.Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (8).

De acordo com as estatísticas, em 12 meses, o índice soma 4,51%. Ainda, segundo o IBGE, a alta registrada no grupo 'alimentação e bebidas' é ocasionada por fatores climáticos no começo deste ano.

“O aumento nos preços dos alimentos é relacionado, principalmente, à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.

Tabela: Divulgação / IBGE

Em janeiro, o grupo alimentação e bebidas, que tem maior peso na cesta de consumo das famílias (21,12%), subiu 1,38%. Isso significa um peso de 0,29 ponto percentual (p.p.) no IPCA do mês. É a maior alta de alimentação e bebidas para o mês desde 2016, quando o grupo alcançou elevação de 2,28%.

Tabela: Divulgação / IBGE

Alimentação

Entre os alimentos que mais pesaram no bolso do brasileiro estão a cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%).

“Historicamente, há uma alta dos alimentos nos meses de verão, em razão dos fatores climáticos, que afetam a produção, em especial, dos alimentos in natura, como os tubérculos, as raízes, as hortaliças e as frutas. Neste ano, isso foi intensificado pela presença do El Niño”, destaca Almeida.

O pesquisador contextualiza ainda que no caso do arroz, a Índia, maior produtor mundial, enfrentou questões climáticas que atingiram a produção e cortou as exportações no segundo semestre de 2023. O resultado é menos produto à venda e, consequentemente, maior o preço.

Transportes

O grupo transportes, foi o segundo que mais pesa na cesta mensal das famílias (20,93%), ajudou a frear a inflação em janeiro. Houve recuo nos preços, de 0,65%. O alívio veio de um vilão dos últimos meses, o preço das passagens aéreas. 

Depois de terem subido 82,03% no acumulado de setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado, os bilhetes vendidos pelas companhias aéreas caíram, em média, 15,22% em janeiro de 2024. Esse foi o item que teve o maior impacto negativo em todo o IPCA.

Ainda no grupo dos transportes, houve queda nos preços dos combustíveis (-0,39%), com os recuos do etanol (-1,55%), óleo diesel (-1,00%) e gasolina (-0,31%).

“Como a gasolina é o subitem de maior peso individual no IPCA, essa queda de preços em janeiro ajudou a conter o resultado geral do índice”, analisa o gerente do IBGE.

O gás veicular, com aumento de 5,86%, foi o único dos combustíveis pesquisados a ter alta no mês.

Sobre o índice

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é considerado a principal medida da inflação no Brasil. Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), O IPCA mede a variação média dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos.

Essa cesta inclui despesas com alimentação, transporte, saúde, educação, entre outros itens. O IPCA é divulgado mensalmente e serve como referência para o acompanhamento da evolução dos preços e para a definição de políticas econômicas e monetárias pelo governo.

Fonte: Agência Brasil

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