
Demitido do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) em meio a suspeitas de corrupção, Wajngarten era um dos depoimentos mais aguardados desde que deu uma entrevista à revista Veja acusando o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello de incompetência nas negociações de compra de vacinas.
Antes de sua demissão, havia rumores de que Wajngarten estaria se envolvendo em assuntos do Ministério da Saúde, mesmo sem ser da área, por interesses pessoais. Na entrevista, o ex-secretário afirmou que seu envolvimento na compra de vacinas aconteceu porque o processo estava "sofrendo entraves" no Ministério da Saúde.
No entanto, durante a CPI, Wajngarten evitou responder diretamente diversas perguntas do relator Renan Calheiros (MDB-AL) — disse na CPI, por exemplo, que nunca fez parte das negociações e que apenas teve uma reunião com a Pfizer "para ajudar". À Veja, Wajngarten afirmou que havia se envolvendo nas discussões com a empresa após a Pfizer não receber resposta do ministério da Saúde.
Wajngarten também negou que estivesse se referindo a Pazuello quando falou à revista Veja. "Eu entendi que ele ocupou um espaço diante da saída do dr. Teich, que eu lamentei muito. O ex-ministro Pazuello foi corajoso em assumir uma pasta no pior momento do Brasil", disse Wajngarten à comissão.
Fonte: BBC