Com a palavra de ordem “Fora Bolsonaro”, mais de 314 cidades do Brasil e do exterior já confirmaram atos neste sábado (3) para exigir o impeachment de Jair Bolsonaro. Essa será a terceira manifestação nacional após os atos realizados em 29 de maio com mais de 450 mil pessoas e 19 de junho com mais de 1 milhão.
Em Teresina a concentração ocorreu a partir das 9h na praça Rio Branco no Centro, com mais de 3000 pessoas com faixas, cartazes, máscara, álcool em gel e distanciamento, o ato foi muito representativo, percorreu o centro da cidade terminando na praça da Liberdade.
Pedro Laurentino, presidente da Unidade Popular, diretor do SINTRAJUFE e um dos coordenadores do ato afirmou “se o processo de vacinação tivesse iniciando em setembro do ano passado, mais da metade das vítimas fatais ainda estariam entre nós. Pior ainda: o governo não adquiriu as vacinas ofertadas à época não por falta de recursos, mas por falta de propina”.
Denúncias relacionadas à compra de vacinas e superpedido de impeachment aumentam o desgaste do presidente e devem levar mais pessoas às ruas no #3J. Organizações reforçam medidas preventivas para evitar exposição à covid-19.
"O Brasil vive uma grande crise sanitária, econômica e política. Ao mesmo tempo, governo Bolsonaro afirmou que a pandemia era apenas uma gripezinha e não precisávamos nos preocupar e que não precisávamos de vacina. Resultado: passamos de 520 mil vidas perdidas e com a falta de vacinas para população. Sem vacina, só o isolamento social para conter a pandemia, mas para piorar, o governo diminui de R$ 600 para R$ 150 o auxílio emergencial" ressalta Pedro Kardec , estudante diretoria da Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas de Teresina - Ames.
O ato organizado pelo movimento popular, estudantil e sindical do estado, demonstrou força e unidade contra este governo.
"Nós estudantes participamos do ato, por que não aguentamos mais este governo GENOCIDA, e sua política de sufocamento da educação pública, onde só este ano foi cortado 18,4% das verbas federais, ou seja, menos pesquisa, menos ciência e mais sucateamento da educação" afirma Ellica Ramona presidente da União Estadual dos Estudantes do Piauí (UEE PI).
Os manifestantes receberam apoio quase unânime dos transeuntes que circulavam pelo centro e dos trabalhadores e trabalhadoras do comércio da cidade. Uma das palavras de ordem mais repetidas era: “seu comércio só fechou porque a vacina atrasou”.
Os movimentos que organizam os protestos reforçam as medidas de precaução para evitar os riscos de contaminação pela covid-19. A orientação é usar máscara o tempo todo (PFF2, de preferência), guardar distância mínima de 1,5 metro dos outros manifestantes e usar álcool em gel 70º nos atos #3J.
Novos atos já estão marcados no Brasil. Dia 13 de junho haverá outra manifestação, associada à luta contra a privatização dos correios e que servirá de aquecimento para a grande manifestação do dia 24 de julho.
Fonte: Pedro Kardec
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