A defesa de Jair Bolsonaro (PL) alterou sua linha de atuação no caso que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Após a inclusão do renomado criminalista Celso Vilardi em sua equipe, os advogados decidiram desistir de insistir nos pedidos de suspeição do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conduz o inquérito.
Vilardi, conhecido por sua experiência em casos de grande repercussão, como a Operação Lava Jato, passou a adotar uma postura mais técnica e menos confrontadora com o STF, o que foi visto como uma mudança estratégica. A decisão de não continuar com os pedidos de afastamento de Moraes reflete essa nova abordagem, que busca reduzir a tensão entre a defesa e a Corte.
A questão da suspeição de Moraes já havia sido rejeitada pelo STF em duas ocasiões: um pedido foi negado por 9 votos a 1 no final de 2023, e outro segue sem previsão de julgamento. A mudança de postura da defesa reflete a percepção de que a discussão sobre a imparcialidade do ministro está "decidida" e não traria mais resultados favoráveis para o ex-presidente.
Além disso, a nova estratégia busca melhorar a relação com o STF, especialmente em um momento em que Bolsonaro enfrenta um cenário jurídico mais complicado, com indiciamentos pela Polícia Federal e a iminente possibilidade de denúncia formal pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Essa mudança na defesa de Bolsonaro também ocorre em meio à pressão crescente, que aumenta o risco de prisão do ex-presidente.
Fonte: Diário do Centro do Mundo
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