 
                                        Em resposta à violência que chocou o país, com operações policiais resultando em dezenas de mortes no Rio de Janeiro, o Senado Federal se prepara para instalar, na próxima terça-feira, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado. A investigação tem o potencial de revelar a atuação do braço político de organizações criminosas no Brasil, um dos pontos centrais da proposta.
A CPI foi requerida pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e já estava aprovada desde junho, aguardando a formalização de sua instalação. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, confirmou a data e enfatizou a urgência do tema. Em suas redes sociais, Alcolumbre declarou que “é hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país.”
O foco da comissão será investigar a estrutura, expansão e funcionamento do crime organizado, com atenção especial para as milícias e facções criminosas que estenderam suas influências para além dos presídios, dominando territórios e infiltrando estruturas de poder.
Integração de forças
Especialistas em segurança pública reiteram que o combate a redes criminosas complexas exige uma estratégia unificada. A fragmentação de ações entre estados e a União é apontada como um dos principais obstáculos. Neste contexto, ganha prioridade no Parlamento a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública, enviada pelo governo Lula ao Congresso há meses.
A PEC visa criar um regime de cooperação integrada e permanente entre forças estaduais e federais, como Polícias Civis, Militares, Federal e Rodoviária Federal, com planejamento conjunto e atuação coordenada. A aprovação desta medida é vista como um passo fundamental para desarticular a logística e o poder financeiro do crime organizado em nível nacional.
A CPI do Senado, que funcionará por 120 dias e será composta por 11 titulares e 7 suplentes, surge, portanto, em um momento crítico. Ela não só buscará desvendar os meandros do crime, mas também deve pressionar por uma resposta política e institucional à altura do desafio, na qual a PEC da Segurança Pública é peça-chave.
A expectativa é que os trabalhos da comissão iluminem as conexões obscuras que permitem a expansão do crime, fornecendo subsídios para políticas públicas mais efetivas e para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito.
Fonte: Agência Senado
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