A prisão recente do general Walter Braga Netto foi motivada por sua suposta tentativa de acessar informações sigilosas, com o intuito de interferir em investigações em andamento. A informação foi confirmada por uma fonte próxima ao caso, em entrevista ao jornal O Globo. Segundo a denúncia, o ex-ministro teria utilizado sua rede de contatos para obter esses dados de forma indevida.
Outro ponto crucial nas acusações envolve a entrega de uma sacola contendo R$ 100 mil a um grupo conhecido como "kids pretos". Essa ação associou Braga Netto a outros envolvidos no esquema, muitos dos quais foram detidos nas últimas semanas.
A operação da Polícia Federal continua em ritmo acelerado, com avanços significativos nas investigações envolvendo o general Walter Braga Netto. Após a apreensão dos celulares de Braga Netto e de seus assessores, o conteúdo das dispositivos já foi extraído e está sendo analisado pela polícia. Além disso, "centenas de pen drives" encontrados com o coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general, também estão sendo examinados.
Esses materiais podem oferecer pistas cruciais para elucidar a identidade do "pessoal do agronegócio", mencionado no acordo de colaboração premiada de Mauro Cid.
Críticas de Bolsonaro e aliados
As críticas feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por apoiadores nas redes sociais alegam que Braga Netto não teria mais como interferir nas investigações. Contudo, essa tese apresenta inconsistências:
- Ele estaria, de fato, tentando acessar informações sigilosas antes de ser preso.
- As investigações continuam avançando, com a análise de novos materiais apreendidos e com mais de 40 pessoas já indiciadas.
Com o conteúdo dos celulares e pen drives em mãos, as autoridades esperam dar um passo definitivo para identificar os financiadores do esquema, incluindo integrantes do setor do agronegócio. As novas evidências podem fortalecer ainda mais o caso, ampliando a rede de envolvidos e responsáveis.
Fonte: Diário do Centro do Mundo