Política

PRISÕES

Braga Netto buscava interferir em investigações e guardava provas em pen drives

Mais de 40 indiciados e uma rede de contatos envolvida em esquemas de corrupção continuam sendo desmantelados pela PF

Da redação

Segunda - 16/12/2024 às 07:37



Foto: Reprodução General Walter Braga Netto acompanhado de agentes
General Walter Braga Netto acompanhado de agentes

A prisão recente do general Walter Braga Netto foi motivada por sua suposta tentativa de acessar informações sigilosas, com o intuito de interferir em investigações em andamento. A informação foi confirmada por uma fonte próxima ao caso, em entrevista ao jornal O Globo. Segundo a denúncia, o ex-ministro teria utilizado sua rede de contatos para obter esses dados de forma indevida.

Outro ponto crucial nas acusações envolve a entrega de uma sacola contendo R$ 100 mil a um grupo conhecido como "kids pretos". Essa ação associou Braga Netto a outros envolvidos no esquema, muitos dos quais foram detidos nas últimas semanas. 

A operação da Polícia Federal continua em ritmo acelerado, com avanços significativos nas investigações envolvendo o general Walter Braga Netto. Após a apreensão dos celulares de Braga Netto e de seus assessores, o conteúdo das dispositivos já foi extraído e está sendo analisado pela polícia. Além disso, "centenas de pen drives" encontrados com o coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general, também estão sendo examinados.

Esses materiais podem oferecer pistas cruciais para elucidar a identidade do "pessoal do agronegócio", mencionado no acordo de colaboração premiada de Mauro Cid.

Críticas de Bolsonaro e aliados

As críticas feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por apoiadores nas redes sociais alegam que Braga Netto não teria mais como interferir nas investigações. Contudo, essa tese apresenta inconsistências:

  1. Ele estaria, de fato, tentando acessar informações sigilosas antes de ser preso.
  2. As investigações continuam avançando, com a análise de novos materiais apreendidos e com mais de 40 pessoas já indiciadas.

Com o conteúdo dos celulares e pen drives em mãos, as autoridades esperam dar um passo definitivo para identificar os financiadores do esquema, incluindo integrantes do setor do agronegócio. As novas evidências podem fortalecer ainda mais o caso, ampliando a rede de envolvidos e responsáveis.

Fonte: Diário do Centro do Mundo

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: