Política

CORRUPÇÃO

Bolsonaro libera recursos para 52 'escolas fake' no Piauí; Estado de Ciro Nogueira

O FNDE, comandado por aliados de Ciro Nogueira, está no centro do caso

Da Redação

Terça - 12/04/2022 às 12:44



Foto: Reprodução internet Jair Bolsonaro e Ciro Nogueira
Jair Bolsonaro e Ciro Nogueira

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), autorizou a construção de 52 “escolas fake” no Piauí, abandonando 99 obras de colégios, creches e quadras poliesportivas que estavam em andamento no Estado. A informação é do jornal Estado de S. Paulo.

De acordo com a publicação, a maior parte dos contratos para as obras foi fechada com prefeituras piauienses comandadas pelo Progressistas, partido do qual Ciro Nogueira é presidente nacional licenciado. O ministro da Casa Civil usa dinheiro da educação para turbinar a campanha eleitoral de aliados no seu reduto eleitoral. Entre as candidaturas está a da sua ex-mulher, Iracema Portella.

"O esquema é operado no FNDE, presidido por Marcelo Ponte, ex-chefe de gabinete do ministro. Apesar de haver 3,5 mil obras paradas, o governo preferiu dar prioridade à construção de 2 mil novas escolas, mas repassando recursos insuficientes para sua execução. A estratégia garante a deputados aliados alardear em suas bases a conquista de obras que, na prática, não serão executadas por falta de previsão orçamentária", apontam os jornalistas   Julia Affonso, Breno Pires e André Shalders, na reportagem publicada no Estado de S. Paulo.

Mesmo com 3,5 mil obras paradas, o governo preferiu dar prioridade à construção de 2 mil novas escolas. A estratégia garante a deputados aliados alardear em suas bases a conquista de obras que, na prática, não serão executadas por falta de previsão orçamentária.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu ontem abertura de uma investigação sobre o descumprimento às leis orçamentárias apontado na reportagem e solicitou uma liminar para que o Ministério da Educação “se abstenha de realizar novos empenhos para construção de novas escolas, devendo priorizar as obras já em andamento e inacabadas, diante dos indícios do esquema das ‘escolas fake’ noticiado no bojo dessa representação”.

Fonte: Jornal Estado de S. Paulo

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