Um esquema de pirâmide financeira que teria causado um prejuízo milionário a moradores de Timon e Teresina está sendo investigado pela Polícia Civil do Maranhão. Uma fonte revelou ao Piauí Hoje que muitas vítimas estão relutantes em formalizar denúncias, tanto por vergonha de terem caído no golpe quanto por receio de serem investigadas pela Receita Federal, já que, em muitos casos, os valores aplicados não eram devidamente declarados.
De acordo com a fonte, muitas pessoas estão desesperadas porque perderam altas quantias e tem apenas contrato de gaveta como garantia, sem nenhum valor jurídico. “Era um negócio completamente informal, feito apenas com base na confiança. Tem gente que aplicou R$ 1 milhão, mas não consegue comprovar a origem legal desse dinheiro. Há o medo de serem responsabilizados por crime tributário ou de lavagem de dinheiro”.
Segundo a Polícia, o principal suspeito pelo golpe é um trader identificado como Francisco Filho, que desapareceu. Apesar de ainda haver poucas ocorrências registradas formalmente em Timon, a polícia já recebeu informações sobre diversas vítimas que teriam investido altas quantias com a promessa de lucros astronômicos. “Dezenas de vítimas afirmam ter perdido valores que variam entre R$ 50 mil a R$ 1 milhão. Estima-se que mais de 300 pessoas tenham sido lesadas”, informou a fonte.
As vítimas relataram que os lucros seriam pagos mensalmente, mas, após um período inicial de aparente retorno, os pagamentos cessaram e o suspeito sumiu. Ainda de acordo com a investigação, parte dos golpes pode ter ocorrido em Teresina, o que está sendo apurado em cooperação com as autoridades do Piauí. Além do crime de estelionato, a Polícia Civil apura a possibilidade de falsidade ideológica e formação de organização criminosa. A parte cível está sendo tratada por advogados das vítimas, que ensaiam uma ação coletiva contra o trader.
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