A Polícia Civil e a Polícia Militar do Piauí deflagraram, nesta sexta-feira (21), a Fase II da Operação Laverna, que investiga influenciadores digitais suspeitos de promover plataformas de apostas ilegais como o “Jogo do Tigrinho” e rifas clandestinas nas redes sociais. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os alvos movimentaram ao menos R$ 5 milhões por meio dessas atividades.
As ações foram realizadas em Parnaíba, no Litoral do estado, e resultaram na apreensão de carros, motos e relógios de luxo. A investigação aponta que os suspeitos utilizavam vídeos manipulados, sorteios, discursos motivacionais e links personalizados para atrair seguidores, induzindo-os ao erro e estimulando expectativas irreais de lucro.
Veja quem são os influenciadores investigados:
Sarah Brenna (S.C.dos.S.)
Sarah Brenna possui 61 mil seguidores no Instagram e publica conteúdos sobre rotina, maternidade e vídeos de humor. Segundo a polícia, ela é uma das principais divulgadoras de plataformas de apostas e teria utilizado suas redes sociais para promover o “Jogo do Tigrinho” e aplicativos similares.
A análise financeira revelou R$ 1.311.784,32 movimentados em suas contas, valor considerado incompatível com rendimentos formais.
Vinícius, marido de Sarah Brena (A.S.H.A.S.)
Embora não influenciador, ele também é alvo da investigação por movimentações financeiras ligadas ao suposto esquema. Em suas contas, foram detectados R$ 1.664.582,01, valor que também não teria origem comprovada.
Vitor Mídia (J.V.A.P.)
Vitor Mídia acumula 160 mil seguidores no Instagram. Segundo a polícia, ele trabalhava como mecânico e teria mudado repentinamente seus rendimentos após começar a divulgar os jogos.
Diferente dos demais, Vitor Mídia teria concentrado sua atuação na promoção de rifas clandestinas, apresentadas como beneficentes, mas sem comprovação de repasse dos valores arrecadados. As movimentações atribuídas a ele chegam a R$ 1.173.117,64, sendo a maior parte composta por microcréditos entre R$ 0,02 e R$ 20 enviados por mais de 3 mil pessoas, padrão típico de rifas ilegais.
L.M.B.
Também teria atuado na divulgação de apostas virtuais, publicando vídeos com supostos ganhos e links personalizados. As movimentações financeiras atribuídas a ele somam R$ 213.606,60.
L.C.M.J.
Apontado como outro influenciador envolvido na promoção de plataformas ilegais, teve R$ 637.783,14 identificados em suas contas. Segundo a investigação, ele também lançava mão de estratégias para convencer seguidores a apostar.
O que diz a Polícia Civil
De acordo com o delegado Ayslan Magalhães, os elementos reunidos mostram fortes indícios de estelionato, indução do consumidor a erro, exploração de loteria não autorizada, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
“Não vamos tolerar o uso das redes sociais para promover apostas ilícitas, rifas ilegais ou qualquer prática destinada a enganar consumidores e obter vantagens indevidas”, declarou o delegado.
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