Foto: Arquivo pessoal
Jornalista Arimateia Azevedo, dono do portal AZ
Concedido Habeas Corpus para o jornalista e proprietário do Portal AZ, Arimateia Azevedo, na tarde desta quarta-feira (17) e ele deve ser colocado em liberdade ainda hoje. A decisão foi emitida pelo Desembargador Joaquim Dias de Santana Filho, da 2º Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI).
Para a soltura, o desembargador considerou o fato de Arimateia ser idoso e ter comorbidades que o colocam no grupo de risco para o novo coronavírus.
"Nada obstante a demonstração dos requisitos da preventiva, trata-se de paciente idoso, com comorbidade, enquadrando-se, portanto, no denominado grupo de risco do novo coronavírus, cuja condições de saúde demanda uma maior atenção do Poder Judiciário, em razão do o alto risco de contágio. Liminar concedida", diz o documento.
O alvará também impõe algumas restrições para a prisão domiciliar. O jornalista só poderá sair de casa "unicamente em casos de atendimento médico emergencial; deve manter atualizado seu endereço e telefone para possibilitar as intimações; comparecer a todos atos processuais a que for intimado pelo juízo; não se ausentar de Teresina por mais 30 dias sem prévia autorização judicial e está proibido de ter contato com a vítima", orienta.
Que esta decisão sirva como alvará de soltura
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ENTENDA O CASO
Arimateia foi preso em sua casa no bairro Todos os Santos, zona Sudeste de Teresina. Na mesma operação realizada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), o professor Francisco Barreto, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), também foi preso no bairro Piçarreira, na zona Leste.
Segundo a investigação, o jornalista teria tentado extorquir um médico de Teresina e chegou a negociar R$ 20 mil para que parasse de publicar matérias negativas sobre o trabalho do profissional em seu portal de notícias. Barreto seria coautor do crime à medida que foi designado por Arimateia para se encontrar com o médico e receber o dinheiro combinado.
A empresa do jornalista também está sendo investigada por receber pagamentos indevidos do Estado do Piauí sem possuir regularidade fiscal, usando, para tanto, documentos fabricados. A última investigação está a cargo da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR).
O portal também está impedido de publicar qualquer matéria relacionada à vítima, ao GRECO. Caso haja descumprimento dessa orientação, o site está sujeito à multa de R$ 5 mil.
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