Polícia

INVESTIGAÇÃO

Exame vai identificar se criança foi morta por PM ou assaltante na zona Sul de Teresina

A menina de 6 anos foi atingida por um disparo de arma de fogo no bairro Ilhotas

Da Redação

Segunda - 14/11/2022 às 10:40



Foto: Arquivo pessoal Débora Vitória
Débora Vitória

A menina Débora Vitória, de 6 anos, morreu na noite de sexta-feira (11) após uma tentativa de assalto no bairro Ilhotas, na zona Sul de Teresina. A mãe da criança. a manicure Dayane Gomes, declarou nas redes sociais que o tiro que matou sua filha partiu da arma de um  policial militar e não do suspeito do assalto como havia sido divulgado anteriormente. 

O suspeito do assalto foi preso no dia do crime. Dayane disse que em nenhum momento reagiu ao assalto e que ela e a filha iriam sair ilesa da situação se não fosse um policial que seria seu vizinho ter atirado.

"Eu não reagi, a gente ia sair ilesa disso tudo, mas por irresponsabilidade de um policial que não tava preparado pra tá com uma arma na cintura, aconteceu tudo isso e minha filha não está mais aqui comigo por irresponsabilidade. Não é todo mundo que tem que tá com uma arma na cintura", relatou a mãe. 

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) solicitou um exame de microcomparação balística para confirmar se o tiro que matou a criança  saiu da arma do policial militar ou do assaltante. O exame deve ficar pronto em 10 dias.

Segundo o coordenador do DHPP, Francisco Costa, o Baretta, surgiu a versão de que o policial militar apareceu no local com o intuito retirar o criminoso do local e houve um disparo de arma de fogo, que atingiu a criança. Não se sabe de qual arma partiu o tiro que matou a menina.

O policial militar  já foi identificado e deve ser ouvido ainda hoje (14), na sede do DHPP. Hoje também haverá as oitivas de testemunhas que presenciaram o crime. 

Os assaltantes estavam com um simulacro de arma de fogo e uma arma de fabricação caseira com um projétil calibre 38. Na ação, Dayane também foi baleada na perna.

"Ele [policial] estava bêbado. Ele bebe todos os dias na porta da casa dele e reagiu. Não pensou em mim, não pensou na minha filha, não pensou em quem estava na frente do bandido. Ele atirou, não mediu esforços para defender nem eu, nem minha filha. O bandido não ia atirar, não ia fazer nada com a gente porque eu entreguei o celular. Nem arma ele tinha na cintura, só mostrou. Eu entreguei o celular. Ele  veio de lá e eu pedindo pra ele não atirar e ele atirou. O primeiro tiro foi da arma dele [policial] e imediatamente atingiu minha filha. O primeiro tiro foi dele, veio dele. Foi ele [policial] quem matou minha filha. Ele tava bebendo na porta e veio querendo se amostrar, pra dizer que era policial e que estava armado e atirou na minha filha. Foi ele quem atirou na minha filha", relatou a mãe.

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