Municípios

Prefeitura aluga casa de palha para funcionar como escola no Piauí

A escola sequer tem banheiro e energia elétrica

Quinta - 13/06/2019 às 10:23



Foto: Reprodução/FortNotícias Casa de palha onde funciona a escola de Ensino Fundamental
Casa de palha onde funciona a escola de Ensino Fundamental

Um casebre de palha foi alugada pela Prefeitura de Barreiras do Piauí, a 808 quilômetros de Teresina, para funcionar como escola de Ensino Fundamental no município. O Escola Municipal João Cassiano funciona em péssimas condições e fica localizado na comunidade Várzea, a 15 quilômetros do centro da cidade.

As informações são do repórter Israel Guerra e foram publicadas no portal FortNotícias. A reportagem critica a falta de políticas públicas na região Extremo Sul do Piauí, que afeta principalmente a educação e saúde. Na escola João Cassiano, as crianças e funcionários fazem as necessidades fisiológicas ao ar livre, pois não tem banheiro no local. As paredes da escola são feitas de barro e a cobertura é de palha, o chão de barro batido. Também não há energia elétrica e a água é somente a do pote. As crianças são colocadas em um local de risco, podendo ser picadas por animais peçonhentos, como cobras e escorpiões.

Conforme a reportagem,  técnicos do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), Divisão de Fiscalização da Educação, estiveram no município na semana passada e puderam ver de perto a precariedade da educação em Barreiras do Piauí. Os técnicos constataram escolas em situações adversas e carros usados para o transporte escolar completamente sucateados.

“O que me chamou atenção foi que a escola não tem banheiros e, segundo o vizinho, proprietário do imóvel, este recebe R$ 250,00 mensais da prefeitura para locá-lo”, disse, Emílio Assunção, auditor da Divisão de Fiscalização da Educação.

O TCE-PI recebeu denúncias envolvendo 66 cidades no Piauí. Nesses municípios, as escolas estariam funcionando de forma irregular, sem autorização do Concelho Estadual de Educação. De acordo com o órgão, são cerca de 97 mil alunos, que correm o risco de concluir os estudos e não receberem o certificado de conclusão.


Fonte: Israel Guerra/FortNotícias

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