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Alerta: Em Pedro II, número de suicídios em 2021 é maior do que mortes por Covid-19

Em pouco mais de um mês, ao menos três suicídios e outras tentativas foram registrados no município apresentando um aumento em relação aos demais anos

Da Redação

Quinta - 18/02/2021 às 18:39



Foto: Reprodução internet É grande o número de suicídios em Pedro II
É grande o número de suicídios em Pedro II

Sabemos que é muito delicado falar sobre suicídio, mas nos últimos dias, aconteceu algo alarmante em Pedro II: o número de pessoas que tiraram a própria vida nesse período foi superior ao número de mortes por COVID-19.

Em pouco mais de um mês, ao menos três suicídios e outras tentativas foram registrados no município apresentando um aumento em relação aos demais anos. O número de suicídios cresceu principalmente entre homens com idades entre 30-40 anos. No mesmo período, Pedro II registrou um caso de morte por COVID-19.

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No dia 13 de janeiro de 2021, um homem de 33 anos, natural do São Luiz de Baixo, cometeu suicídio e foi encontrado morto horas depois por familiares. Poucos dias após (7), na Localidade Tucuns dos Donatos, um jovem, de 31 anos, foi encontrado morto ferido por uma arma de fogo, que teria utilizado para consumar o ato. Nesta quinta-feira (18), um homem, de 40 anos, também foi encontrado morto após tirar a própria vida dentro de uma casa na avenida Coronel Cordeiro. Além destes, outros casos de tentativas também foram registrados pelo SAMU.

 

Pandemia de COVID-19 aumenta fatores de risco para suicídio

 

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) já alertou, que a pandemia da COVID-19 pode aumentar os fatores de risco para suicídio, incitando as pessoas a falarem abertamente e de forma responsável sobre o assunto. A ideia é que, mesmo com o distanciamento físico, as pessoas permaneçam conectadas com familiares e amigos e aprendam a identificar os sinais de alerta.

O coronavírus está afetando a saúde mental de muitas pessoas. Estudos recentes mostram um aumento da angústia, ansiedade e depressão, especialmente entre os profissionais de saúde. Somadas às questões de violência, transtornos por consumo de álcool, abuso de substâncias e sentimento de perda, tornam-se fatores importantes que podem aumentar o risco de uma pessoa decidir tirar a própria vida.

Nós ainda não sabemos como o aumento da depressão, da violência doméstica e do uso de substâncias afetará as taxas de suicídio, mas é importante conversar sobre o assunto, apoiar uns aos outros nestes tempos de pandemia e conhecer os sinais de alerta de suicídio para ajudar a preveni-lo."

 

Sinais de alerta de suicídio

 

A maioria dos suicídios é precedida por sinais de alerta verbais ou comportamentais, como falar sobre: querer morrer, sentir grande culpa ou vergonha ou sentir-se um fardo para os outros. Outros sinais importantes são sensação de vazio, desesperança, aprisionamento ou falta de razão para viver; sentir-se extremamente triste, ansioso, agitado ou cheio de raiva; ou com dor insuportável, seja emocional ou física.

Além disso, mudanças comportamentais, como fazer um plano ou pesquisar maneiras de morrer; afastar-se dos amigos, dizer adeus, distribuir itens importantes ou fazer testamentos; fazer coisas muito arriscadas, como dirigir em velocidade extrema; mudanças extremas de humor; comer ou dormir muito ou pouco; usar drogas ou álcool com mais frequência. Todos estes podem ser sinais para um possível suicídio.

 

Como prevenir o suicídio

 

O suicídio pode ser evitado e há intervenções eficazes disponíveis. A nível pessoal, a detecção precoce e o tratamento da depressão e dos transtornos por uso de álcool são essenciais para a prevenção do suicídio, bem como o contato com pessoas que já tentaram o suicídio. O apoio psicossocial nas comunidades é muito importante para o aconselhamento nesses momentos. Em caso de detecção de sinais de suicídio em si mesmo ou em alguém, a recomendação é procurar ajuda de um profissional de saúde o mais rápido possível.

Remover as barreiras de acesso aos cuidados de saúde mental, limitar o acesso aos meios para cometer suicídio, fornecer informações verdadeiras e adequadas sobre o assunto na mídia, bem como reduzir o estigma associado à procura de ajuda psicológica também podem ajudar a reduzir o suicídio.

A OPAS está trabalhando com os países das Américas para fortalecer os sistemas de saúde que contam com poucos recursos ou estão sobrecarregados pela pandemia da COVID-19, de modo a fazer frente ao aumento de casos de saúde mental (tanto novos, como agravantes de casos pré-existentes) e para manter a continuidade dos tratamentos das pessoas com problemas de saúde mental e uso de substâncias.

A OPAS também recomenda incorporar o apoio à saúde mental e psicossocial nos planos e esforços de resposta à COVID-19. Algumas recomendações incluem atendimento remoto ou virtual, adaptação e disseminação de mensagens para a população em geral, bem como para as populações de maior risco, e treinamento de profissionais de saúde e outros membros da comunidade sobre o assunto.

Fonte: Portal P2

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