Mundo

Conflitos na África podem ter matado mais de 5 milhões de crianças

Conflitos armados, as doenças e a fome que eles causam teriam provocado a morte de 5 milhões de crianças menores de cinco anos entre 1995 e 2015

Sexta - 31/08/2018 às 15:08



Foto: Pixabay Criança Africana
Criança Africana

Os conflitos armados no continente africano, e as doenças e a fome que eles causam, podem ter causado a morte de 5 milhões de crianças menores de cinco anos entre 1995 e 2015, segundo um estudo publicado na sexta-feira (30). Destas, cerca de três milhões eram bebês de até onze meses, isto é, o triplo das pessoas diretamente mortas em um conflito no continente.

O estudo, publicado na revista médica The Lancet, não se apoia em nenhum efetivo real, mas que compartilhou dados de 15.441 conflitos nos quais quase um milhão de pessoas morreram, segundo os investigadores. Os autores usaram estes dados para calcular o risco de morte de uma criança em um raio de 100 km de um conflito armado e até oito anos depois. Em seguida, calcularam o número de mortes de crianças atribuídos às muitas guerras na África.

A cifra de cinco milhões é muito superior a de estimativas anteriores, destacaram os autores, Eran Bendavid, da Universidade Stanford, e seus colegas. "Nos últimos 30 anos ocorreram na África conflitos armados mais frequentes e mais intensos que em qualquer outro continente", afirmam.

"Esta análise mostra que os efetivos dos conflitos armados vão além da morte dos combatentes e da devastação física: os conflitos armados aumentam consideravelmente o risco de morte de crianças jovens durante um longo período". Além de ferir diretamente as crianças, os conflitos contribuem para a morte e o atraso no crescimento "durante muitos anos e em amplas zonas", segundo a equipe.

E isto, por causa da interrupção dos cuidados médicos para mulheres grávidas e recém-nascidos, a propagação de doenças à medida que os serviços de saúde e as redes de água declinam, da falta de medicamentos e da desnutrição provocada quando as provisões se esgotam.

Fonte: G1

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: