A Equatorial Piauí conseguiu na Justiça suspender temporariamente a redução de 7,45% na tarifa residencial de energia elétrica em vigor desde o último dia 2 de dezembro, por meio de decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A liminar judicial afeta diretamente a economia que o consumidor piauiense teria a partir deste mês.
Durante coletiva na tarde desta quinta-feira (05), o presidente da Equatorial, Nonato Castro, afirmou que não entrou na justiça visando a total suspensão da redução, mas sim, pedindo que seja feita correção da Revisão Tarifária Extraordinária, que foi barrada pela ANEEL em outubro deste ano.
Nonato garantiu que a redução expedida pela ANEEL acontecerá independente da revisão tarifária. A decisão da Corregedoria Regional da Justiça Federal da 1º região de Brasília anula a redução até que o reajuste seja realizado pela ANEEL.
O presidente Nonato explicou que quando a Cepisa foi vendida, havia no contrato garantia de que a empresa que a adquirisse solicitasse a revisão tarifária que não ocorria há cinco anos. O pedido de revisão foi negado pela ANEEL, a partir daí a Equatorial levou o caso à Justiça.
Nonato Castro informou ainda que a Equatorial assumiu dívida de R$ 2, 8 bilhões quando chegou ao Piauí, tendo ainda realizado investimentos na aquisição de cabos, transformadores de energias, entre outros aparelhos. O presidente disse que, caso a revisão da ANEEL não seja realizada, a empresa terá prejuízo de R$ 300 milhões em 2020.
A Eletrobras foi comprada pela Companhoa Elétrica em 2018 durante leilão de privatização.