Os programas sociais de transferência de renda foram responsáveis por manter 459 mil piauienses fora da extrema pobreza no ano passado, segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do IBGE, divulgados nesta quarta-feira (3). Sem o recebimento de benefícios como o Bolsa Família e o BPC, a taxa de extrema pobreza no estado teria sido quatro vezes maior em 2024.
Na prática, os números mostram que, enquanto 4% da população do Piauí (cerca de 135 mil pessoas) vivia com menos de R$ 218 por mês, esse percentual saltaria para 17,6% na hipótese de ausência total dos auxílios governamentais. A renda de R$ 218 mensais é o parâmetro do Banco Mundial, em paridade de poder de compra, para definir a linha de extrema pobreza.

Os dados confirmam uma trajetória de queda significativa no estado. Em 2023, a extrema pobreza atingia 8% dos piauienses. Na comparação com o início da série histórica, em 2012, a redução é ainda mais expressiva: naquele ano, 14,3% da população (458 mil pessoas) estava nessa condição crítica. Em doze anos, aproximadamente 323 mil piauienses superaram a extrema pobreza.
Em nível nacional, o Brasil também registrou seu menor patamar histórico, com 3,5% da população em extrema pobreza. No ranking entre os estados, o Piauí ocupa a 13ª posição. As situações mais graves são as do Maranhão (10,1%), Ceará (7,9%) e Acre (7,6%). Já os menores indicadores estão em Santa Catarina (1,2%), Rio Grande do Sul (1,4%) e Mato Grosso do Sul (1,6%).
Fonte: IBGE-PI