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AUTONOMIA FEMININA

Programa Mulheres Mil da Seduc promove cursos práticos em comunidades do Piauí

O 'Mulheres Mil' atende mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica em 14 municípios do Piauí

Da Redação

Quarta - 24/07/2024 às 15:05



Foto: Divulgação/Governo do Piauí Alunas do curso de Artesanato do programa 'Mulheres Mil'
Alunas do curso de Artesanato do programa 'Mulheres Mil'

O Programa Mulheres Mil, da Secretaria de Educação do Piauí (Seduc) em parceria com o Ministério da Educação (MEC), está ofertando cursos práticos para muitas mulheres em situação de vulnerabilidade social. Estão sendo ofertados formações como agente de desenvolvimento cooperativista, salgadeira, horticultora orgânica e maquiadora.

Recentemente, 72 professores bolsistas foram convocados pela Seduc para atender 691 mulheres beneficiadas, em 14 municípios, incluindo Amarante, Esperantina, Jerumenha, Lagoa de São Francisco, Matías Olímpio, Paquetá, Piripiri, Regeneração, Teresina, Uruçuí e Valença do Piauí.

O 'Mulheres Mil' atende 691 mulheres nesta nova etapa. Foto: Divulgação/CCOM-PI

As beneficiadas são mulheres de terreiro, mães de adolescentes que estão cumprindo medidas socioeducativas, mulheres trans, catadoras de material reciclável, artesãs, quebradeiras de coco, comunidade de surdas, indígenas e quilombolas.

As inscrições para o Programa acontecem nas comunidades em que as mulheres estão inseridas. Equipes da Seduc realizam uma busca ativa junto às lideranças comunitárias, apresentam o projeto e chamam as mulheres interessadas em participar. Neste ano de 2024, o programa já beneficiou 1.166 mulheres piauienses. Para 2025, o MEC adicionou mais 451 vagas para o Piauí.

Ana Maria, de 51 anos, uma das alunas do curso de agente de desenvolvimento cooperativista no Quilombo Olho d'água dos Negros, município de Esperantina, afirma que o programa revolucionou a sua vida. Ela também diz que vai se reunir com as mulheres da turma dela para construir uma cooperativa.

Estou fazendo o curso de cooperativismo que aumentou muitos meus conhecimentos. Somos 30 mulheres na turma e agora nós podemos nos reunir, construir uma cooperativa e trabalharmos juntas para termos uma renda melhor, e ajudar nossa comunidade quilombola, explicou.

Francisca Isabel faz parte do grupo de alunas do curso de Artesanato formado por quebradeiras de coco na comunidade Tinguis, no município de Castelo do Piauí.

Aqui na comunidade, sou conhecida carinhosamente como Branca. Trabalhamos com artesanato na palha da carnaúba e fibra do tucum. O meu maior sonho e das demais mulheres é abrir uma cooperativa e agora estamos tendo o privilégio de receber o curso de Artesanato, que vai nos preparar para abrir a nossa cooperativa muito em breve, com fé em Deus, disse.

Para o Secretário de Educação, Washington Bandeira, o investimento em educação é um passo essencial para que as mulheres atendidas façam parte de uma rede de apoio que as transformem em agentes de transformação das suas comunidades.

As histórias de Ana Maria e Branca são apenas alguns exemplos de como a formação profissional e a troca de experiências estão contribuindo para a autonomia feminina. As alunas não apenas adquirem conhecimentos técnicos, mas também se conectam a uma rede de apoio que as incentiva a se tornar agentes de transformação em suas comunidades. Só por meio da educação faremos a verdadeira transformação social que proporciona mais e melhores oportunidades, empoderamento e novos horizontes para aquelas que têm habilidades e sonhos a serem realizados, explica.

Além de proporcionar uma nova perspectiva de vida, o programa oferece uma bolsa no valor de R$ 480, dividida em duas parcelas: uma no início do curso e a segunda ao final, após a conclusão da carga horária de 160 horas, cerca de dois meses.

O programa 'Mulheres Mil' atende grupos de mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Foto: Divulgação/CCOM-PI

"O auxílio financeiro é importante para aliviar a pressão econômica sobre as participantes, permitindo que se concentrem em sua educação e no desenvolvimento de novas habilidades”, afirma o secretário.

Fonte: CCOM/PI

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