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EDUCAÇÃO

Professores da rede municipal de Teresina iniciam greve por tempo indeterminado

A categoria quer que a Prefeitura de Teresina cumpra a lei federal que reajusta o piso salarial do magistério

Da Redação

Segunda - 07/02/2022 às 14:37



Foto: Divulgação Professores da rede municipal de Teresina deflagram greve
Professores da rede municipal de Teresina deflagram greve

Os professores da rede municipal de educação de Teresina deflagraram greve por tempo indeterminado na manhã desta segunda-feira (07). Eles querem que a Prefeitura de Teresina cumpra a lei federal que reajustou o piso salarial do magistério em 33,23%. A greve foi deflagrada após assembleia geral no Teatro de Arena, na Praça da Bandeira, e manifestação no Centro da cidade.

De acordo com o Sindicato das(os) Servidoras(es) Públicas(os) Municipais de Teresina (SINDSERM), entre as pautas discutidas estavam a Defesa da Educação e da Valorização do Magistério; Rateio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb);  exigência da aplicação do reajuste percentual de 33,23%, conforme prevê a legislação federal sobre o piso do magistério para 2022; e julgamentos, ações e denúncias no TCE, MPPI, MPF e Justiça Federal.

O protesto foi realizado em Teresina e mais 23 cidades do interior do estado. A prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), informou que não vai se manifestar sobre a greve.

Aulas

As aulas da rede municipal de ensino de Teresina estavam marcadas para começarem, de forma remota, nesta segunda-feira (07), mas não foi possível devido a paralisação dos professores.

Denúncias

O Sindserm fez várias manifestações e denúncias nas ruas, redes sociais, na imprensa e por vias judiciais sobre cumprimento da Emenda Constitucional (EC) nº 108 que trata do rateio das sobras da subvinculação de 70% do Fundeb. O prefeito de Teresina, José Pessoa (MDB), tem o prazo até 30 de abril para executar ou poderá responder administrativa, civil e penalmente.

Após denúncias protocoladas pelo Sindicato no Tribunal de Contas do Estado sobre a compra, sem licitação, de 100 mil livros pela Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) e Secretaria Municipal de Educação (Semec), e órgão ter determinado a suspensão da aquisição dos livros, o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) bloqueou do valor de R$ 6,5 milhões de recursos.

O processo segue aberto contra o prefeito José Pessoa (MDB) que já foi intimado para responder acerca do rateio das sobras/superávit do FUNDEB e requer explicações do secretário municipal de Educação, Nouga Cardoso, sobre a utilização dos recursos para a compra dos 100 mil livros sem licitação e sem a comprovação dos devidos critérios.

"Desta forma, a direção colegiada da entidade e categoria seguem em mobilização para a Greve da Educação Municipal, respeitando as determinações da Lei de Greve, exigindo valorização das(os) profissionais do Magistério, percentual do piso do magistério para 2022 no índice de 33,23% e rateio das sobras/superávit do FUNDEB. Além disso, segue reivindicando pela revisão anual de salários desde 2017, para toda a categoria, como determina o artigo 37 da Constituição Federal, incluindo as(os) servidoras(es) da Educação, promoções e progressões para todas(os) as(os) servidoras(es) obedecendo o calendário", disse o Sindserm.

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