Foto: Meio Norte

Testemunhas do linchamento de dois suspeitos, que resultou na morte do assaltante Felipe Mendes Siqueira, de 22 anos, e ferimentos em Edilberto ontem à noite no bairro São Pedro, em Teresina, garantem que policiais que atenderam à ocorrência testemunharam as agressões contra os acusados. E nada fizeram para evitar o massacre.

O coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Baretta, vai apurar a denúncia, publicada no PortalODIA.com de que, após cair do telhado e ser preso, Felipe foi conduzido ferido para a casa da mãe, Maria das Graças Conceição Siqueira, 65 anos.

Os cercas de 50 taxistas -que caçavam a dupla acusada de ferir um colega de profissão denunciou o assalto via rádio, usando um código enviado para a central Rádio Taxi, foram até a casa da aposentada, de onde arrancaram o acusado e passaram a linchá-lo.

“Eles viram e incentivaram as agressões”, relata a testemunha, cujo nome será mantido em sigilo para evitar represálias.

Nas várias entrevistas que concedeu aos jornalistas, Dona Maria das Graças deu a mesma a versão da pessoa que diz ter assistido à omissão policial.

“Meu filho não teve nada haver com o crime e só não foi mais maltratado por que um delegado chamado Antônio impediu que ele o linchamento continuasse. Eu ainda cheguei falar com meu filho com vida, ele estava com uma facada no peito, um tiro, braço quebrado, mas ainda conseguiu ser levado para HUT (Hospital de Urgência de Teresina)”, disse a aposentada ao portal Meio Norte.

“Ela [Maria] ficou pedindo para eles pararem, mas a polícia acuou a família usando pistolas, enquanto os taxistas agiam”, confirmou a testemunha.