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SUDESTE

Polícia usa reconhecimento facial para identificar participantes de orgia no Arpoador

Tecnologia avançada está sendo utilizada para localizar homens que participaram do evento durante o réveillon, registrado e divulgado nas redes sociais

Da Redação

Terça - 07/01/2025 às 09:10



Foto: Reprodução / Agenda do Poder Participantes de orgia em local público
Participantes de orgia em local público

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está utilizando tecnologia de reconhecimento facial para identificar cerca de 30 homens envolvidos em uma orgia sexual ao ar livre na Pedra do Arpoador, na Zona Sul, durante as comemorações de Ano Novo. O episódio, que ocorreu na madrugada e se estendeu até o amanhecer, foi filmado por testemunhas e viralizou rapidamente nas redes sociais, ganhando o apelido de “surubão do Arpoador”. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.

O delegado Sandro Caldeira, titular da 14ª Delegacia Policial (Leblon) e responsável pela investigação, informou que todos os envolvidos serão convocados para prestar esclarecimentos. Ele ressaltou que a prática de atos obscenos em espaços públicos é um crime previsto no Artigo 233 do Código Penal, com pena de até um ano de detenção ou multa. "Também fizemos diligências para recolher imagens de câmeras de segurança próximas ao local", destacou o delegado, enfatizando o uso de recursos tecnológicos para a apuração.

As imagens em vídeo do evento serão analisadas pelo Instituto de Identificação Félix Pacheco, que utiliza um sistema de reconhecimento facial fornecido pelo Departamento de Trânsito do Estado (Detran). Segundo Alexandre Trece Motta, diretor do Instituto, o sistema utiliza bancos de dados civis e criminais para gerar uma lista com até cem candidatos por imagem analisada. Depois, especialistas revisam manualmente as informações para confirmar as identificações. “O sistema é eficaz e nos permite avançar na apuração dos fatos”, afirmou Motta ao O Globo.

O caso tem gerado grande repercussão nas redes sociais e reaberto debates sobre privacidade, exposição online e o uso de espaços públicos. Embora os atos obscenos em locais públicos sejam claramente tipificados como crime no Brasil, especialistas apontam que a investigação é complexa, especialmente para comprovar a intencionalidade e o conhecimento dos envolvidos sobre o caráter público da situação.

Ainda não há prazo para a conclusão da investigação. No entanto, os indivíduos identificados pelo sistema de reconhecimento facial serão intimados para prestar depoimento e, dependendo da análise, poderão responder pelo ato na Justiça.

Fonte: Brasil247

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