
A Polícia Federal cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e 5 mandados de prisão preventiva nesta terça-feira (03), em Roraima e Rondônia. A operação, denominada Taurus Aerus, visou desarticular as redes que financiam e organizam o garimpo ilegal nas terras Yanomami. Durante a ação, foram apreendidos veículos, uma fazenda e outros bens.
Essas operações são parte das prioridades do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), que pretende realizar 32 ações até 2026. A ação de hoje segue a Operação Libertação, iniciada em fevereiro de 2023, com o objetivo de combater o garimpo ilegal e a remoção de invasores das terras indígenas.
Nos últimos 18 meses, o governo desocupou áreas críticas no Pará – Alto do Rio Guamá, Apyterewa e Trincheira Bacajá – e na Terra Indígena Karipuna, em Rondônia. De acordo com dados da Casa de Governo de Roraima, 26% dos 9,6 milhões de hectares da terra indígena são afetados pela mineração ilegal. Entretanto, as medidas repressivas reduziram a mineração ilegal em 91,6% em relação a 2022.
As operações da PF já causaram um prejuízo estimado de R$ 163 milhões aos financiadores do garimpo ilegal. Em março, a área de garimpo ativo era de 4,57 mil hectares, com uma área de influência de 2,6 milhões de hectares. Agora, esses números caíram para 1,5 mil hectares e 916 mil hectares, respectivamente, com base em dados de agosto.
Desde a criação da Casa de Governo Yanomami em Boa Vista, Roraima, no final de fevereiro, foram inutilizadas 19 aeronaves, mais de 86 mil litros de óleo diesel, 617 motores e 70 antenas Starlink. Também foram apreendidas 75 toneladas de cassiterita e 10.848 quilos de ouro, que, com o preço atual de R$ 457.320,00 por quilo, somam quase R$ 5 bilhões. Até agora, 80 pessoas foram presas.
Fonte: Agência Brasil