Presente nas cozinhas há séculos, a colher de pau tem origem ancestral — remonta à Roma Antiga — e ainda hoje é usada por muita gente. Mesmo com tantas inovações em utensílios culinários, ela segue firme, principalmente por ser resistente ao calor e não danificar panelas antiaderentes.
Mas, apesar do charme nostálgico, o item gera controvérsias quando o assunto é higiene. Especialistas em segurança alimentar alertam que a madeira, por ser um material poroso, pode reter umidade, restos de comida e microrganismos, facilitando a proliferação de bactérias. Isso faz com que a colher de pau tenha má fama entre profissionais da área.
Estudos mostram que o contato com superfícies contaminadas é uma das principais causas de surtos de doenças transmitidas por alimentos. Por isso, normas sanitárias que regulam cozinhas profissionais, como as de restaurantes e indústrias, costumam proibir o uso de utensílios de madeira na preparação dos pratos.
Cuidados
No entanto, em casa, o uso não está proibido — desde que alguns cuidados sejam seguidos. Lavar bem logo após o uso, evitar deixar a colher submersa por muito tempo e garantir que ela esteja completamente seca antes de guardar são medidas essenciais para evitar contaminações.
Também é importante ficar atento ao estado da colher. Se ela apresentar rachaduras, escurecimento ou cheiros estranhos, é sinal de que precisa ser trocada. A recomendação é simples: trate a colher de pau como um item que tem validade. Ela não foi feita para durar para sempre.
Em países como a Alemanha, há uma regulamentação mais rígida sobre os materiais permitidos em cozinhas profissionais, o que praticamente elimina o uso da madeira nesses ambientes. Já nas residências, o uso continua sendo uma escolha pessoal — desde que feita com atenção.
No fim das contas, a colher de pau pode, sim, continuar na gaveta dos utensílios. Mas é preciso usá-la com consciência. Quando bem cuidada, ela une o valor da tradição com os cuidados exigidos pela segurança alimentar.
Fonte: Revista Forum
Siga nas redes sociais
