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ALERTA PARA AFOGAMENTOS

Bombeiros alertam para os riscos de afogamentos durante o Carnaval

Álcool e falta de precaução são fatores de risco para afogamentos durante o carnaval

Graziely Oliveira / Estagiária sob supervisão

Sexta - 09/02/2024 às 13:59



Foto: Reprodução Cerca de 90% dos casos de afogamentos poderiam ser evitados
Cerca de 90% dos casos de afogamentos poderiam ser evitados

Teresina (PI) - Durante as festividades carnavalescas praias, rios, piscinas, registram um aumento no fluxo de pessoas e as atividades aquáticas com a combinação de álcool representa um grave perigo no risco de afogamentos. Em 2023 o Piauí registrou mais de 20 mortes por afogamento nos meses de janeiro a março, sendo que cerca de 90% dos casos poderiam ser evitados seguindo orientações do corpo de bombeiros.

A coronel Najra Nunes, de relações públicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí (CBMEPI), especialista em segurança aquática, explica que o consumo de bebidas alcoólicas compromete severamente a capacidade de resposta e análise das pessoas, tornando-as mais vulneráveis a situações de risco.

"A ingestão de álcool é um dos principais fatores que contribuem para os afogamentos durante o período de utilização dos balneários", alerta a coronel. Ela enfatiza a importância de conscientizar as pessoas sobre os perigos do álcool ao praticar atividades aquáticas.

Além disso, Najra destaca a necessidade de utilizar equipamentos de flutuação, como boias e coletes salva-vidas, principalmente para crianças. Ela ressalta a importância de escolher boias adequadas, que proporcionem segurança ao envolver os braços e o tórax da criança.

"Conhecer o local que será frequentado é essencial. Não basta apenas estar familiarizado com o lugar, é crucial estar ciente das condições climáticas e das condições para banho do dia", acrescenta a tenente.

Ela adverte que, em alguns dias, os locais podem não ser propícios para o banho, exigindo precauções adicionais por parte dos banhistas. A profundidade segura também é enfatizada pela coronel, para crianças, a altura máxima permitida é até a altura do joelho, enquanto para adultos é até a altura máxima no quadril.

"É muito arriscado para quem não sabe nadar aventurar-se em piscinas, riachos, cachoeiras ou no litoral", alerta a Nunes.

A presença e a proximidade do pessoal da segurança pública são cruciais para garantir a segurança dos banhistas.

"Dê preferência para brincar sempre próximo aos bombeiros, policiais militares e guardas-vidas, fornecidos pelas prefeituras ou instituições particulares"

Em casos de emergência, a orientação é que as pessoas sem técnicas de salvamento não se aproximem da vítima para evitar tornarem-se também vítimas.

"Jogar objetos de flutuação, como cordas ou boias, é uma forma segura de auxiliar no resgate", destaca.

Najra Nunes finaliza enfatizando que os sinais de afogamento são predominantemente visuais, pois a vítima não consegue verbalizar devido à ingestão de água.

"A vigilância constante, a uma distância máxima de um braço, é essencial para garantir a segurança, especialmente das crianças, durante todo o período de diversão aquática."

Com essas precauções e orientações, espera-se que todos possam desfrutar das festividades carnavalescas com segurança e responsabilidade, evitando tragédias relacionadas ao afogamento.

Coronel Najra Nunes / Acervo Pessoal

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