Teresina (PI) - Durante as festividades carnavalescas praias, rios, piscinas, registram um aumento no fluxo de pessoas e as atividades aquáticas com a combinação de álcool representa um grave perigo no risco de afogamentos. Em 2023 o Piauí registrou mais de 20 mortes por afogamento nos meses de janeiro a março, sendo que cerca de 90% dos casos poderiam ser evitados seguindo orientações do corpo de bombeiros.
A coronel Najra Nunes, de relações públicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí (CBMEPI), especialista em segurança aquática, explica que o consumo de bebidas alcoólicas compromete severamente a capacidade de resposta e análise das pessoas, tornando-as mais vulneráveis a situações de risco.
"A ingestão de álcool é um dos principais fatores que contribuem para os afogamentos durante o período de utilização dos balneários", alerta a coronel. Ela enfatiza a importância de conscientizar as pessoas sobre os perigos do álcool ao praticar atividades aquáticas.
Além disso, Najra destaca a necessidade de utilizar equipamentos de flutuação, como boias e coletes salva-vidas, principalmente para crianças. Ela ressalta a importância de escolher boias adequadas, que proporcionem segurança ao envolver os braços e o tórax da criança.
"Conhecer o local que será frequentado é essencial. Não basta apenas estar familiarizado com o lugar, é crucial estar ciente das condições climáticas e das condições para banho do dia", acrescenta a tenente.
Ela adverte que, em alguns dias, os locais podem não ser propícios para o banho, exigindo precauções adicionais por parte dos banhistas. A profundidade segura também é enfatizada pela coronel, para crianças, a altura máxima permitida é até a altura do joelho, enquanto para adultos é até a altura máxima no quadril.
"É muito arriscado para quem não sabe nadar aventurar-se em piscinas, riachos, cachoeiras ou no litoral", alerta a Nunes.
A presença e a proximidade do pessoal da segurança pública são cruciais para garantir a segurança dos banhistas.
"Dê preferência para brincar sempre próximo aos bombeiros, policiais militares e guardas-vidas, fornecidos pelas prefeituras ou instituições particulares"
Em casos de emergência, a orientação é que as pessoas sem técnicas de salvamento não se aproximem da vítima para evitar tornarem-se também vítimas.
"Jogar objetos de flutuação, como cordas ou boias, é uma forma segura de auxiliar no resgate", destaca.
Najra Nunes finaliza enfatizando que os sinais de afogamento são predominantemente visuais, pois a vítima não consegue verbalizar devido à ingestão de água.
"A vigilância constante, a uma distância máxima de um braço, é essencial para garantir a segurança, especialmente das crianças, durante todo o período de diversão aquática."
Com essas precauções e orientações, espera-se que todos possam desfrutar das festividades carnavalescas com segurança e responsabilidade, evitando tragédias relacionadas ao afogamento.