Esportes

VITÓRIA DE VIRADA

Rayssa Leal conquista o tricampeonato mundial de skate feminino

Final da disputa foi emocionante. "Fadinha" deixou para a última manobra a virada da virada da vitória e foi muito aplaudida

Da Redação

Domingo - 15/12/2024 às 12:54



Foto: Instagram de Rayssa Leal Rayssa Leal com o troféu do tricampeonato mundial de skate
Rayssa Leal com o troféu do tricampeonato mundial de skate

Terminou no início da tarde deste domingo (15), a disputa do SLS Super Crown, a final da liga mundial de skate street, realizado no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A brasileira Rayssa Leal carimbou o favoritismo e conquistou o tricampeonato. O pódio foi completo com a australiana Chloe Covell e a japonesa Coco Yoshizawa.

A "Fadinha", como também é conhecida a skatista brasileira deixou para a última manobra o lance da virada para o tricampeonato. Ele teve o apoio total do público que compareceu ao Ginásio do Ibirapuera. Ela tem 16 anos.

Quem é Rayssa Leal 

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, em julho de 2021, uma garota radiante de 13 anos com rosto jovem e aparelho ortodôntico morde orgulhosamente uma medalha de prata.

A alegria contagiante e o entusiasmo desenfreado de Rayssa Leal brilharam depois de se tornar uma das mais jovens medalhistas olímpicas da história.

“É como se eu estivesse em um parque de diversões e apenas me divertindo”, disse ela ao Olympics.com, refletindo sobre sua alegria de viver e mentalidade vencedora. “Porque estou fazendo o que gosto e o que sempre sonhei fazer. Então, só de ir aos campeonatos e estar com minha família e meus amigos é ótimo”, explicou.

Sensação viral do skate 

Nascida em Imperatriz , no Maranhão, em 2008, Rayssa Leal ganhou destaque global através do poder dos vídeos virais e das mídias sociais. Um pequeno clipe de Leal, de sete anos, executando perfeitamente um heelflip descendo uma escada enquanto usava um vestido azul brilhante como parte de uma fantasia de fada cativou o público nas plataformas de mídia social. A megaestrela do skate Tony Hawk juntou-se ao frenesi da mídia social, elogiando a jovem prodígia e elevando sua fama online.

Além do burburinho online, ela provou ser uma concorrente séria. Com apenas 11 anos, ela fez história como a mais jovem skatista de street a vencer uma final feminina no Street League Skateboarding World Tour em Los Angeles, superando a então número um do mundo, Pamela Rosa.

Após sua estreia nos X-Games em 2019, o grande avanço de Leal veio nos adiados Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, onde ela superou as probabilidades de levar a prata no evento de skate street.

Em 2022, a estrela brasileira garantiu seu primeiro título de X-Games, vencendo a prova de street do X-Games Chiba. Ela então varreu a série Street League Skateboarding, completando seu triunfo diante de uma exuberante torcida no Rio de Janeiro.

Psicóloga para enfrentar os medos

Apesar da pressão crescente, Leal permanece firme, contando com o apoio inabalável de seus pais e de um psicóloga esportiva que a ajudou a superar obstáculos mentais e medos.

“Tem sido muito importante para mim. Eu tinha tanto medo de concursos, sempre pensando: 'Mas e se eu não me sair bem?' Eu tinha medo dos obstáculos, deles serem muito altos. Eu sei que posso tentar, mas minha mente diria 'não tente', ela detalhou ao Olympics.com.

“Minha psicóloga tem me ajudado a desbloquear isso e graças a Deus está indo muito bem. Estamos juntos há quase um ano e foi uma das melhores coisas que me aconteceu como atleta”, acrescentou.

O impacto de Leal vai além de suas conquistas esportivas, pois ela inspira aspirantes a skatistas de todas as idades. Sua paixão contagiante pelo esporte e seu compromisso em perseguir seus sonhos com alegria solidificaram seu status como um ícone no mundo do skate. Apesar do escrutínio de ser um modelo para os outros, Leal não deixa as expectativas pesarem sobre ela. Pelo contrário, ela assume o seu papel como inspiração:

“Estou muito feliz por ser uma inspiração, não apenas para pessoas da minha idade, mas também para pessoas mais velhas do que eu”, explicou ela.

"Fico sempre muito feliz quando as meninas vêm até mim e dizem que começaram a andar de skate por minha causa. Que me viram, gostaram e pediram aos pais que as deixassem andar de skate."

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