O mês de setembro é marcado pela campanha do “Setembro Amarelo”, uma iniciativa que busca conscientizar a população sobre a importância da prevenção do suicídio e promover discussões sobre saúde mental. O movimento tem como objetivo primordial salvar vidas, desmistificar o tabu em torno do tema e fornecer informações vitais para ajudar aqueles que estão lutando contra pensamentos suicidas.
A psicóloga clínica Amanda Oliveira, falou ao Portal Piauí Hoje.com sobre a importância da ação levantada pela campanha do “Setembro Amarelo”. De acordo com a psicóloga, saúde mental não tem haver somente com aspectos emocionais. Mas envolve também aspectos físicos, comportamentais e ambientais que precisam estar conectados para um desenvolvimento mental e psicológico saudável. “ A campanha do setembro amarelo vem com a perspectiva de tornar visível o cuidado com a saúde mental. Se expandindo de criança a pessoas idosas ", reforça.
A pandemia de COVID-19 trouxe desafios adicionais para a saúde mental, intensificando os sentimentos de solidão, ansiedade e depressão, o que aumentou a preocupação com o suicídio em muitas comunidades. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo.
O Setembro Amarelo desempenha um papel vital na conscientização sobre a prevenção do suicídio. Durante este mês, diversas ações são realizadas em todo o país, incluindo palestras, caminhadas, distribuição de materiais informativos e iniciativas nas redes sociais. A cor amarela simboliza a esperança e a valorização da vida, servindo como um lembrete de que é possível buscar ajuda e superar os momentos difíceis. “Além da conscientização em relação ao cuidado com a saúde mental, a campanha promove a prevenção de adoecimentos voltados à saúde mental e de valorização da vida” , reforça Amanda Oliveira.
Dados nacionais
No Brasil, dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) revelaram um aumento nas taxas de suicídio nos últimos anos. É importante lembrar que os números podem ser influenciados por diversos fatores, incluindo notificação e subnotificação. Um levantamento presente no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, realizado no Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foi divulgado em julho. Registrou no ano de 2022 16.262 casos de suícidio, uma média de 44 por dia. Em 2021, foram 14.475 suicídios. Em termos proporcionais, o Brasil teve 8 suicídios por 100 mil habitantes em 2022, contra 7,2 em 2021.