O Dia de Santo Antônio, celebrado em 13 de junho, movimenta fiéis em diversas regiões do Brasil com novenas, missas e festas populares. Reconhecido popularmente como o “santo casamenteiro”, Santo Antônio é também associado à caridade, à evangelização e à intercessão por causas difíceis. Em algumas cidades, a data ganha ainda mais destaque por anteceder o Dia dos Namorados, celebrado em 12 de junho.
Nascido em Lisboa, Portugal, em 1195, com o nome de Fernando Antônio de Bulhões, ele foi canonizado menos de um ano após sua morte, ocorrida em 13 de junho de 1231, na cidade de Pádua, na Itália. Por isso, é conhecido tanto como Santo Antônio de Lisboa quanto de Pádua. Em 1946, foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.
Apesar da fama ligada ao casamento, não há registros de escritos de Santo Antônio sobre o tema. A associação surgiu por seu histórico de ajuda a mulheres pobres que não tinham dote para o matrimônio, o que era um obstáculo na época medieval.
A estudante de jornalismo Pâmela Chaves, de 20 anos, é uma das fiéis que participam da novena dedicada ao santo. Ela conta que a prática tem sido uma experiência significativa em sua vivência religiosa.“Fazer essa promessa para Santo Antônio tem sido uma das experiências mais profundas que pude viver na minha fé”, afirmou.
Devota na Paróquia Santo Antônio do Ininga, em Teresina (PI), Pâmela descreve o impacto da oração em sua rotina. “Todos os dias às 5 horas da manhã começo com a oração. Isso me dá energia para o resto do dia. Estou me sentindo revigorada.”
Paróquia Santo Antônio do Ininga - Foto: Pâmela ChavesEla destaca que não faz uso de simpatias, mas se dedica à oração com foco na fé e na confiança. “São nove dias, e em cada um a gente reza com intenção, com calma. Não é sobre quantidade, é sobre verdade”, declarou.
Pamela também associa sua devoção a Santo Antônio com a fé em São José, considerado o padroeiro das famílias. “Acredito na força da família, do amor, e penso que é uma vocação. Deus prepara algo muito lindo para quem tem essa vocação.”
Pâmela Chaves
Mesmo sem ter recebido ainda a graça que espera, ela afirma manter a confiança: “Mesmo que a graça não venha do jeito que eu imaginei, ou não venha agora, eu vou continuar acreditando.”
Além do aspecto romântico, a jovem vê o momento de oração como uma oportunidade de refletir sobre o amor fraternal. Ela encerra cada dia da novena com um gesto simbólico: “Finalizo com um pedido à Nossa Senhora de Guadalupe, que ela abençoe a vida de quem sofre. É a forma que encontrei de expressar meu amor pelo próximo.”
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