O Ministério da Educação (MEC) publicou, em 20 de janeiro, a Portaria nº 34/2025, que cria 30 novos campi a partir da transformação de unidades avançadas de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). A medida beneficiou três campi do Instituto Federal do Piauí (IFPI), que terão a capacidade de atendimento ampliada.
Os campi contemplados no Piauí são: Dirceu Arcoverde, na zona sudeste de Teresina, José de Freitas e Pio IX. Em todo país, 20 institutos federais foram contemplados. A expectativa do governo é que, nos próximos anos, sejam criadas 12 mil novas vagas em cursos de educação profissional e tecnológica.
“Nossa ideia é que a gente possa ampliar o ensino técnico integrado ao ensino médio e essa é uma demanda também de 80% dos jovens dessa etapa. O Brasil tem, hoje, apenas 11% de matrículas do ensino médio integrado. Queremos chegar a 35% nos próximos cinco anos. É uma meta ousada para países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], mas é importante que o aluno já saia com uma profissão do ensino médio. E isso não quer dizer que esse jovem não possa ir também para a universidade”, defende o ministro da Educação, Camilo Santana.
O reitor do Instituto Federal do Piauí, Paulo Borges da Cunha, destaca que essa ação traz uma série de benefícios que irão impactar professores, técnico-administrativos e estudantes, além das comunidades que já são atendidas pelo IFPI.
"Uma das mudanças é a autonomia administrativa e financeira que permitirá a estes campi um orçamento próprio garantindo assim mais investimentos e uma capacidade maior de planejamento e execução de ações, oferta de editais de pesquisa, extensão dentre tantos outros projetos que beneficiam diretamente a comunidade", comenta o reitor.
A mudança de tipologia é realizada pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), do MEC, por meio de critérios técnicos como tempo da autorização, oferta de cursos técnicos, número de matrículas, edificação e infraestrutura existente.
“Estamos atendendo à demanda de uma década. A transformação desses campi impacta positivamente os estudantes, com mais vagas em cursos. Ela também qualifica a relação com os arranjos produtivos locais e regionais e ainda gera benefícios para a comunidade por meio de projetos de pesquisa e extensão”, destaca o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli.
Fonte: Com informações do MEC e IFPI