
Um projeto desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Saúde da Mulher da Universidade Federal do Piauí (UFPI) foi eleito o melhor trabalho durante a IX Jornada Piauiense de Mastologia, realizada nos dias 22 e 23 de agosto. A iniciativa, liderada pela egressa Camila de Sousa Moura, resultou na criação do aplicativo Mama Mais, ferramenta voltada para o suporte de profissionais de saúde no atendimento a mulheres com suspeita ou diagnóstico confirmado de câncer de mama.
Com orientação do professor Luiz Ayrton Santos Júnior e apoio da Fundação Maria Carvalho Santos, a pesquisa foi premiada com o primeiro lugar na principal premiação do evento, reforçando a importância da inovação tecnológica no enfrentamento ao câncer de mama no estado.
O aplicativo, registrado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) sob o número BR512022003067-5, oferece um conjunto de informações essenciais, como protocolos clínicos, locais de atendimento, tipos de exames, legislações vigentes e redes de apoio disponíveis. Com isso, busca reduzir o tempo entre os primeiros sintomas e o início do tratamento, desafio recorrente no cenário da saúde pública.
Menu principal do aplicativo "Mama Mais" | Foto: UFPI
Desenvolvido para dispositivos Android, o Mama Mais apresenta uma interface acessível e prática, permitindo que os profissionais de saúde façam encaminhamentos mais ágeis e adequados para os serviços especializados em oncologia. A proposta é diminuir os gargalos no sistema e garantir que as pacientes cheguem mais rapidamente aos diagnósticos e tratamentos necessários.
A avaliação técnica do software demonstrou resultados expressivos: média de 4,88 na escala Likert e índice de validade de conteúdo (IVC) de 0,99, indicadores que comprovam a sua confiabilidade, aplicabilidade e usabilidade no ambiente do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para Camila Moura, autora do projeto, o desenvolvimento da ferramenta representa mais do que uma conquista acadêmica. “Nosso objetivo sempre foi facilitar o trabalho dos profissionais de saúde e, ao mesmo tempo, melhorar o acesso das mulheres aos serviços oncológicos. Quando o profissional está bem informado, ele consegue encaminhar corretamente a paciente, o que impacta diretamente na redução dos atrasos e no aumento das chances de tratamento eficaz”, explica.
Egressa do PPGSM/UFPI, Camila Moura | Foto: UFPI
Fonte: UFPI