Após uma série de reuniões, o governo federal traçou um diagnóstico otimista sobre as perspectivas para reduzir a inflação de alimentos nos próximos meses. De acordo com ministros, a expectativa é que fatores externos e medidas pontuais adotadas pela administração ajudem a aliviar a pressão sobre os preços.
Uma das medidas mais avançadas é a nova regulamentação do Vale Refeição e Vale Alimentação, com o objetivo de reduzir os custos das transações realizadas por meio desses cartões. Segundo um ministro, essa mudança é vista como uma entrega rápida, diante da forte pressão sobre os preços de alimentos.
Além disso, o governo está focado em estimular a produção agrícola como forma de aumentar a oferta no mercado interno. Auxiliares do presidente Lula acreditam que essa estratégia pode resultar em crescimento econômico e também contribuir para o barateamento dos preços ao consumidor.
Apesar das ações em estudo, o governo também se apoia em fatores externos para justificar a avaliação otimista. Uma das principais apostas é a melhora do câmbio, com um recuo do dólar em relação ao real. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compartilhou a opinião de outros ministros de que o dólar deverá se manter em níveis mais "razoáveis".
O governo ainda espera uma boa safra de certos itens neste ano, além de um aumento na oferta de carne, com a aproximação do fim do ciclo do boi, necessário para o abate. Com base nesses fatores, a administração decidiu evitar medidas com impacto fiscal elevado, mas continuará negociando com varejistas para encontrar soluções conjuntas para a redução de preços. O presidente Lula já sugeriu uma nova reunião com supermercados para discutir o tema.
Fonte: Com informações da CNN