Nesta quarta-feira (18), o dólar atingiu um novo recorde, fechando a R$ 6,2672, com uma alta de 2,82%, a maior desde novembro de 2022. Essa disparada no valor da moeda americana está ligada às preocupações do mercado com as medidas do governo federal para reduzir gastos públicos. A recente alta do dólar também coincidiu com o desempenho negativo nas bolsas de valores, o que foi apontado pela Advocacia-Geral da União (AGU) como um dos efeitos da fake news que envolveu o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
A AGU pediu à Polícia Federal que investigue a notícia falsa, que atribuía a Galípolo declarações erradas sobre o dólar e o papel da moeda dos Brics. A desinformação dizia que Galípolo teria afirmado que a moeda dos Brics ajudaria a reduzir a influência do dólar no Brasil e a cotação da moeda americana cairia para R$ 5. Contudo, o dólar já havia superado os R$ 6,20 na mesma data.
A AGU ressaltou que a fake news prejudicou diretamente a política do governo para estabilizar o câmbio e comprometeu a eficácia das medidas adotadas. A AGU também pediu que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) investigue as postagens falsas, já que a cotação do dólar afeta o valor de ações nas bolsas de valores.
Em resposta à alta do dólar, o Banco Central fez leilões de moeda nesta terça-feira, mas as intervenções não tiveram o efeito esperado. O objetivo dos leilões era aumentar a oferta de dólares no mercado, o que geralmente ajudaria a reduzir o preço da moeda, mas essa estratégia não surtiu efeito.
Fonte: g1