Foto: Luciano Klaus
Orquestra Sinfônica
Na sessão desta quarta-feira (12) da Câmara Municipal vários parlamentares questionaram a atitude da Prefeitura de Teresina que resolveu cancelar os contratos que mantinha com entidades que congregam artistas de várias áreas, como a Orquestra Sinfônica, o Balé da Cidade e bandas como a 16 de Agosto. Essas instituições contratavam os músicos e pagavam salários e direitos trabalhistas.
Os vereadores querem saber agora como ficará a situação desses artistas, já que a Prefeitura anunciou que pretende fazer contratações diretas com pagamento de "bolsas" aos profissionais.
"Esta Casa Legislativa aprovou um oportuno requerimento do vereador Enzo Samuel para que o presidente da Fundação Monsenhor Chaves, Scheyvan Lima, possa vir explicar à toda a cidade como ficará a situação desses profissionais. Nós estamos preocupados porque eles poderão perder direitos trabalhistas. Isso poderia desestimular a categoria e, assim, esvaziar as políticas públicas culturais que vinham sendo desenvolvidas pela Prefeitura. Entendemos que essos grupos culturais são importantes não apenas porque fazem apresentações em parques, igrejas, escolas, mas porque, como disse o professor Cineas Santos, são a nossa alma e levam o ensino da arte a tantas crianças e jovens", ressaltou o vereador Paulo Lopes (PSDB).
O vereador Gustavo de Carvalho (PSDB) também se manifestou dizendo que o trabalho desses grupos vem mudando a realidade de vida de muita gente. "Os projetos culturais da cidade de Teresina têm se destacado por transformarem a vida de muita gente, sendo uma grande referência, sobretudo porque contempla, por exemplo, a periferia, dando mais oportunidades para muitas crianças, jovens e adolescentes, e também por contribuírem com geração de mais emprego e renda. Portanto, espero que o prefeito da capital reveja, com bastante cuidado, essa questão cultural", observa o vereador Gustavo de Carvalho, acrescentando que já destinou emenda parlamentar para aquisição de novos instrumentos para a Banda 16 de agosto, um dos grupos que tende a ser diretamente afetado com o rompimento desses contratos de gestão", comentou.
Durante discurso na tribuna Enzo Samuel lembrou que os projetos desenvolvidos pelas instituições são descentralizados e precisam de um olhar especial.
Já Edson Melo (PSDB) ressaltou que a gestão atual vem trabalhando para descaracterizar todas as conquistas que a administração do ex-prefeito Firmino Filho trouxe para a cidade. "O que o vice-prefeito Robert Rios quer é justamente acabar com tudo que a gestão passada fez. Faz isso com a cultura, fez com a assistência social, quer agora mudar o nome do projeto Amor de Tia. Então, o objetivo é esse", afirmou.
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