Arte e Cultura

POVOS INDÍGENAS

Museu dos Povos Indígenas do Piauí lança livro "Narrativas Indígenas e Cultura Material"

A obra será lançada na sexta-feira (9), no Dia Internacional dos Povos Indígenas

Da Redação

Terça - 06/08/2024 às 09:43



Foto: CCOM/PI Obra pioneira sobre tradição oral e cultura material será lançada no Museu dos Povos Indígenas do Piauí
Obra pioneira sobre tradição oral e cultura material será lançada no Museu dos Povos Indígenas do Piauí

O Museu dos Povos Indígenas do Piauí - Anízia Maria, localizado na comunidade Nazaré, em Lagoa de São Francisco, será o cenário do lançamento do livro “Narrativas Indígenas e Cultura Material: Piauí e Maranhão”. A cerimônia de lançamento está agendada para as 16h, na sexta-feira (9), Dia Internacional dos Povos Indígenas.

Organizado por Marleide Lins, Síria Borges e Deusdédit Filho, o livro é uma publicação pioneira que reúne uma coletânea de textos de diversos autores, incluindo pesquisadores indígenas e não indígenas, jovens estudantes, caciques, pajés e líderes comunitários. A obra busca aproximar a formalidade acadêmica dos conhecimentos indígenas de tradição oral, enfocando a temática da cultura material.

Para Marleide Lins, uma das organizadoras, a importância cultural do livro é imensa. 

"A grande contribuição para a cultura estadual e nacional é apresentar um espaço editorial para as comunidades indígenas do Maranhão e, especialmente, do Piauí, onde podem contar, escrever e registrar a própria história. Nossa historiografia sobre os povos indígenas, frequentemente, tratava de extermínio. Hoje sabemos que, mesmo antes invisibilizadas, muitas etnias são reconhecidas pela Funai em nosso estado", afirmou a escritora.

O livro conta com a participação de indígenas Kariri, de Queimada Nova; Tabajara Itacoatiara e Ypi, de Piripiri; Akroá Gamela, de Uruçuí; Tabajara e Tapuio-Itamaraty da Comunidade Nazaré de São Francisco do Piauí e Guajajara, de Teresina. Marleide Lins também destacou a relevância do projeto.

 "Como organizadora, editora e coautora desta obra tão significativa, sinto-me gratificada por contribuir com o projeto de valorização das identidades e da diversidade cultural. É necessário nos debruçar sobre as questões étnicas e de gênero para construirmos uma sociedade inclusiva e igualitária. Investigar, registrar e difundir as culturas que, às vezes, permanecem à margem é nosso dever. Agradeço a todos pela participação: comunidades indígenas do Piauí e Maranhão, pesquisadores acadêmicos e instituições parceiras – Associação Amigos da Arte e da Cultura do Piauí (Assaac), Faculdade do Centro Maranhense (FCMA/Unicentro) e Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão (CPHNama), além do substancial patrocínio da Secretaria da Cultura do Piauí (Secult) e do Governo do Estado do Piauí", disse.

Fonte: CCOM/PI

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