“Eu sou um artista, meus quadros são meus filhos e as minhas tintas são o alimento que eu dou para eles”, diz o brasiliense Lucio Piantino. “A pintura é a minha vida”, reforça ele, que, completa 12 anos de carreira como pintor – além de atuar, dançar e se envolver em outras atividades artísticas. O jovem revela que sofreu muito preconceito na escola, até que um dia reuniu a família e informou que queria sair de lá. Desde então, passou a dedicar-se à arte, de forma profissional. Em um vídeo produzido para o projeto Um Novo Olhar, Lucio fala de sua trajetória e exibe alguns de seus trabalhos. O projeto é uma parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música.
Lucio Piantino nasceu em 1995, é filho e neto de artistas plásticos e conviveu com as tintas desde os primeiros anos de vida. Aos seis anos teve desenhos e pinturas publicados no livro Cadê a síndrome de Down que estava aqui? O gato comeu.... de Elizabeth Tunes e L Danezy Piantino (Editora Autores Associados). Em 2008, ele fez suas primeiras exposições individuais, Matando Aula e Matando Aula II – O retorno? O nome das exposições foi uma provocação ao sistema educacional preconceituoso, que o discriminou a ponto de ter tido que passar o ano de 2008 fora da escola.
O artista participou de diversas exposições coletivas, realizou mostras individuais e recebeu prêmios por sua obra. Em 2013, lançou seu livro e documentário De arteiro a artista: a saga de um menino com síndrome de Down, no Museu Nacional de Brasília. O documentário também foi selecionado e apresentado no Festival Internacional de Cinema Assim Vivemos, nas unidades do Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Entre 2016 e 2019, Lucio apresentou suas obras em três exposições na Itália: a coletiva Questa casa non è um Albergo em Reggio Calábria; a individual Danze de colore e matéria, na galeria Aet Forum Whirth Capena em Roma, e a exposição Io sono um artista, do projeto AHEAD, na Galeria Casa d’Aste, em Roma. Em 2017, ele representou o Brasil na Campanha da ONU em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down e comemorou seus nove anos de carreira com a Exposição A prova dos 9 no Festival CoMA.
A família desde cedo reconheceu e apoiou o trabalho de Lucio. A irmã, Joana Piantino, acabou se dedicando à produção cultural e, assim como a mãe, cuida da produção da carreira do jovem. São dela também as imagens do vídeo disponível aqui no site do Um Novo Olhar, onde o artista mostra suas obras, toca, dança e conta sua história.
Sobre o projeto:
Desenvolvido conjuntamente pela Fundação Nacional de Artes - Funarte e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, por meio da Escola de Música da Universidade, o Um Novo Olhar tem como alvo promover a inclusão e o acesso de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência, por meio das artes e da capacitação de professores e de regentes para coro. Com a exibição online de performances de artistas e vídeo podcasts (vodcasts) sobre arte e acessibilidade; com lives e uma série de publicações, o projeto tem também o objetivo de ampliar a percepção de toda a sociedade sobre as deficiências.
Serviço:
Apresentação de Lucio Piantino no projeto Um Novo Olhar
Já disponível no site do projeto: www.umnovoolhar.art.br
Realização: Fundação Nacional de Artes – Funarte e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Curadoria: Escola de Música da UFRJ
Atividades, ações e mais informações disponíveis no site do projeto.
Informações sobre editais e outros programas da Funarte
www.funarte.gov.br
Fonte: Comunicacao Projetos Funarte-UFRJ