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UFPI volta a ter aulas remotas devido a greve no transporte público

O memorando foi assinado pela pró-reitora da UFPI, Ana Beatriz Sousa Gomes, com validade de 18 dias

Da Redação

Quarta - 15/03/2023 às 16:18



Foto: Arquivo/UFPI Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Devido à greve no transporte público de Teresina que iniciou nesta última segunda-feira (13) por tempo indeterminado, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) volta a ter aulas remotas até o mês de abril. O comunicado foi feito pela Reitoria da UFPI na tarde desta quarta-feira (15).

A UFPI já havia adotado o modelo de ensino remoto nos cursos presenciais durante a pandemia de Covid-19. Agora, de acordo com o memorando divulgado pela Pró-Reitoria, a situação de greve no transporte público da Capital impacta na comunidade acadêmica com relação ao cumprimento das atividades do ensino de graduação.

Previsto para terminar em 18 dias, o período letivo 2022.2 dos cursos presenciais passa a ser de forma virtual. “Resolve que as atividades acadêmicas de finalização do período letivo 2022.2, dos cursos presenciais Teresina, poderão ocorrer por meios de tecnologias digitais em caráter extraordinário conforme decisão do corpo docente”, diz trecho do documento.

O memorando foi assinado pela pró-reitora da UFPI, Ana Beatriz Sousa Gomes, com validade de 18 dias.

Greve

A greve dos motoristas e cobradores do transporte público de Teresina, realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviários no Estado (Sintetro), iniciou nas primeiras horas desta última segunda-feira (13) por tempo indeterminado. Os trabalhadores reivindicam a assinatura da convenção coletiva com os reajustes salariais.

Na sexta-feira (11), foi realizada uma reunião entre os trabalhadores e empresários de ônibus, mas não houve o fechamento de um consenso. O Sintetro pede a assinatura da convenção coletiva, reajuste salarial dos motoristas para R$ 2.830 com jornada de 7h20, ticket alimentação de R$ 600 e plano de saúde.

No primeiro dia de greve, motoristas e cobradores de ônibus realizaram um ato e percorreram as ruas do Centro de Teresina. O objetivo é alertar a população sobre os problemas no setor e chamar a atenção da Prefeitura de Teresina para que apresente uma solução.

Veículos alternativos

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que cadastrou 100 veículos, entre ônibus, micro-ônibus e vans, para circularem durante o período de greve dos motoristas e cobradores do transporte público em Teresina.

A Strans quer que o MPT obrigue o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sintetro) colocar 70% da frota nas ruas durante os horários de pico e 30% nos demais horários. No entanto, o Sintetro afirmou que não está impendendo que os ônibus saiam das garagens, pois são os próprios trabalhadores que decidiram não circular.

Circulação de 100% da frota

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Piauí determinou que 100% da frota de ônibus circule nos horários de pico e 80% nos demais horários em Teresina durante a greve dos motoristas e cobradores. A determinação foi assinada pelo desembargador Téssio da Silva Torres, após ação ajuizada pelo Setut. Na decisão, o juiz ainda determinou multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

Terceiro dia de greve

Nesta quarta-feira (15), terceiro dia de greve dos motoristas e cobradores do transporte público de Teresina, os trabalhadores fazem um protesto na avenida Marechal Castelo Branco, onde ficam a Assembleia Legislativa e Câmara de Teresina. Apesar da determinação do Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT), para circulação de 100% da frota nos horários de pico, Teresina amanheceu sem ônibus nas ruas.

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