A Igreja Católica celebra o Dia dos Fiéis Defuntos, conhecido popularmente como o Dia de Finados, no dia 2 de novembro. A data é marcada por orações e pela recordação daqueles que já partiram, momento em que os cristãos são convidados a renovar a fé na vida eterna e a interceder pelos falecidos.
Em Teresina, a Arquidiocese preparou uma programação de missas em diversos cemitérios da capital, reunindo fiéis em momentos de fé, lembrança e esperança na vida eterna. Confira:
Zona Sul
- Cemitério Dom Bosco (Vermelha) – 6h30 (presidida por Dom Juarez Marques) e 16h30
- Cemitério Areias (Parque Piauí) – 7h
- Cemitério Santa Cruz (Promorar) – não haverá missa
Zona Leste
- Cemitério São Judas Tadeu (São Cristóvão) – 7h, 9h, 15h e 17h
- Cemitério Santa Mônica (Pedra Mole) – 7h e 17h
Zona Norte
- Cemitério São José (Matinha) – 9h
- Cemitério Santo Antônio (Buenos Aires) – 6h e 17h
- Cemitério do Poty Velho – 6h
- Cemitério Santa Maria da Codipi – 17h
- Cemitério São João Batista (Santa Maria das Vassouras) – 7h
Zona Sudeste
- Cemitério Renascença I – 7h, 9h e 17h
- Cemitério Jardim da Ressurreição (Gurupi) – 7h, 10h45 e 11h30
- Cemitério Recanto da Saudade (BR–343 / Gurupi) – 10h45 e 16h30
A tradição de rezar pelos mortos é antiga e tem suas origens nas primeiras comunidades cristãs. Desde o século II, os fiéis visitavam túmulos e faziam orações pelos entes queridos. Com o passar do tempo, essa prática se consolidou e, no século XI, o abade Santo Odilon, de Cluny, instituiu oficialmente o Dia de Finados, tornando-o parte do calendário litúrgico da Igreja.
O padre Robert Araújo, assessor eclesiástico de comunicação da Arquidiocese de Teresina, explica que a celebração convida à reflexão sobre o sentido mais profundo da existência humana.
“A Igreja celebra esta data em atenção ao mistério da existência humana, desde o seu princípio até o seu fim neste mundo. Porém, trata-se de uma celebração revestida da novidade anunciada por Jesus Cristo: ‘Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive em mim, não morrerá eternamente’ (Jo 11,25-26)”, explicou.
Segundo o sacerdote, o Dia de Finados é, acima de tudo, um convite à esperança. “Essa realidade aponta para a esperança cristã, de que ao terminar nossos dias neste mundo, seremos imersos na vida eterna, que Jesus nos prometeu por herança”, enfatizou.
Padre Robert também recorda o ensinamento da Igreja de que todos os cristãos fazem parte de um mesmo corpo espiritual.
“Não podemos esquecer que fazemos parte do corpo místico de Cristo, que é a Igreja, como recorda São Paulo (1 Coríntios, 12). O Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática Lumen Gentium, nos ensina que a Igreja é peregrina, triunfante no céu e padecente nesse processo de purificação. Porque formamos um único corpo, podemos ir em socorro dos irmãos e irmãs já falecidos, bem como contar com a intercessão dos santos”, concluiu.
Entre os dias 1º e 8 de novembro, a Igreja concede Indulgência Plenária aos fiéis que visitarem os cemitérios e rezarem pelos falecidos, desde que cumpram as condições de confissão, comunhão e oração nas intenções do Santo Padre.
O sacerdote reforça que, diante da dor da perda, o cristão deve conservar a esperança. “Citando o Papa Francisco, diante da morte, dolorosa separação que nos obriga a deixar os nossos entes queridos, o luto deve ser vivido à luz da esperança cristã. Somente assim, o que é trevas poderá dar lugar à luz; o que é tristeza, poderá dar lugar à alegria”.
O Dia de Finados é também um momento de contemplação sobre a própria vida e a passagem do tempo.
“Do pó viemos e ao pó voltaremos. A morte não deve nos amedrontar, mas nos fazer refletir sobre a brevidade da vida e a urgência em amar, tal como Jesus nos pediu: ‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei’ (Jo 15,12). O bem que devemos fazer não pode ficar para depois, para que, quando chegar a nossa hora, possamos receber como herança o reino do Senhor”, finalizou padre Robert.
Fonte: Arquidiocese de Teresina