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INCÊNDIO

Família morre queimada em incêndio no Distrito Federal

O fogo começou na noite de segunda-feira (12) e rapidamente consumiu a moradia de madeirite

Da Redação

Quarta - 14/08/2024 às 09:30



Foto: Ed Alves/CB/DA.Press O fogo teve início na noite de segunda-feira e a casa foi totalmente consumida pelas chamas
O fogo teve início na noite de segunda-feira e a casa foi totalmente consumida pelas chamas

A região de Arapoanga (DF) está em luto após um incêndio devastador que matou cinco pessoas da mesma família em um barraco no Bairro Nossa Senhora de Fátima, às margens da DF-230. O fogo começou na noite de segunda-feira (12) e rapidamente consumiu a moradia de madeirite. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), através da 16ª Delegacia de Polícia, investiga as causas do incêndio.

As vítimas foram identificadas como Ione da Conceição, 47 anos, e suas filhas Eulália Narim, 5; Sophya Hellena, 8; Marybella Marinho, 9; e Kethleen Vitoria, 14. Os esforços dos vizinhos e do Corpo de Bombeiros foram dificultados pela porta trancada com um cadeado.

Segundo depoimentos de moradores, Ione mantinha um altar religioso e costumava acender uma vela toda segunda-feira. O delegado-chefe da 16ª DP, Richard Moreira, afirmou que nenhuma hipótese é descartada, mas a investigação sugere que o incêndio pode ter sido um acidente, possivelmente relacionado à vela utilizada por Ione. A perícia será crucial para determinar a causa exata. 

O delegado enfatizou que a PCDF está priorizando o caso, com o Instituto Médico Legal (IML) e o Instituto de Criminalística (IC) trabalhando rapidamente na análise dos laudos. Familiares forneceram material genético para ajudar na identificação dos corpos.

O açougueiro Gilson Lopes, 38 anos, que tentou ajudar, lamentou a rapidez com que o fogo se alastrou e a dificuldade de salvar as vítimas. "Quando cheguei, o fogo estava incontrolável. A única coisa que pude fazer foi tentar acalmar os familiares", disse.

Valquiria Monteiro, vice-diretora da Escola Classe 5, onde as irmãs Sophya e Marybella estudavam, recordou o dia anterior ao incêndio, quando as meninas estavam alegres e brincando. "Era um dia comum e feliz para elas; agora, estamos devastados", comentou. As aulas foram suspensas em luto pela tragédia.

A família também possuía três cachorros, dois dos quais estavam presos e não conseguiram escapar das chamas. O cão sobrevivente foi encontrado entre os escombros, aguardando em vão o retorno dos donos.

Além da tragédia, a comunidade de Arapoanga enfrenta críticas sobre a infraestrutura precária da área, uma ocupação irregular. Moradores alegam que o fornecimento de água e energia é feito por meio de instalações ilegais, e reclamam que o governo não atendeu suas solicitações de melhoria. "Só vieram aqui após a tragédia. Nunca estiveram no local antes", afirmou Ruth Ribeiro, 68 anos.

O administrador de Arapoanga, Sérgio de Araújo, confirmou que a área é particular, mas prometeu uma força-tarefa para encontrar soluções para os moradores, incluindo a regularização e realocação em áreas mais seguras.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) expressou pesar pela tragédia e garantiu que o Corpo de Bombeiros fez o possível para salvar as vítimas. Ele assegurou que a Secretaria de Desenvolvimento Social está oferecendo apoio aos familiares. A vice-governadora Celina Leão (PP) também se solidarizou com a família enlutada e garantiu que o governo está acompanhando a investigação e prestando apoio à comunidade.

Fonte: Correio Braziliense

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