Em 27 de janeiro de 2013, o Brasil enfrentou uma das maiores tragédias da sua história recente. Durante um show da banda Gurizada Fandangueira na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, um incêndio devastador matou 242 pessoas e deixou outras 636 feridas, afetando profundamente as famílias e os sobreviventes.
Após o incêndio, quatro pessoas foram responsabilizadas e condenadas pela tragédia, incluindo os donos da boate, um produtor musical e o vocalista da banda. O processo ainda segue em andamento, mas, segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, os condenados permanecem na prisão. As sentenças de prisão variam de 18 a 22 anos.
Vista da frente da boate Kiss em Santa Maria (RS)Foto: Wesley Santos / Futura Press
O incêndio foi causado por um artefato pirotécnico usado durante o show. Isso gerou uma grande comoção e gerou um longo processo judicial, que levou uma década para avançar, prolongando o sofrimento das famílias. O Coletivo Kiss: Que Não Se Repita, formado por familiares e sobreviventes, lançou a campanha "Sobrevivi para Contar" para compartilhar as histórias das vítimas e buscar justiça. A iniciativa também visa evitar que algo assim aconteça novamente no futuro.
Neste ano, o Coletivo iniciou um projeto que envolve uma exposição itinerante no Rio Grande do Sul, trazendo relatos de sobreviventes e familiares que transformaram a dor da tragédia em ações de resistência e memória.
O julgamento dos réus teve uma série de idas e vindas na justiça, incluindo a anulação de um julgamento em 2022 e um novo processo agendado para fevereiro de 2024. No entanto, recentemente, o STF decidiu suspender esse novo julgamento, atendendo a um pedido do Ministério Público.
Familiar toca em cartaz com fotos das vítimas da boate KissFoto: EVANDRO LEAL/ENQUADRAR / Estadão
A tragédia da Boate Kiss deixou cicatrizes profundas, e a memória daquelas 242 vidas perdidas continua sendo honrada através das ações de justiça e memória. Em 2024, começam as obras para a construção de um memorial no local onde a boate funcionava, para prestar uma homenagem permanente às vítimas.
Cenas de 'Boate Kiss: a Tragédia de Santa Maria', do Globoplay, e de 'Todo Dia a Mesma Noite', da Netflix: o jornalismo e a ficção retratam a tragédia
Foto: Reproduções
Fonte: Com informações do Terra
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