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PRISÃO

Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, é preso em volta redonda pela Polícia Federal

Ex-diretor era acusado de corrupção e lavagem de dinheiro

Da Redação

Sábado - 17/08/2024 às 12:44



Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Renato Duque, ex-diretor da Petrobras
Renato Duque, ex-diretor da Petrobras

Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras, foi preso pela Polícia Federal neste sábado (17) em Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro. Duque, que possui várias condenações decorrentes da Operação Lava Jato, acumula penas que totalizam 39 anos de prisão.

A prisão ocorreu após um mandado expedido em julho pela 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba. Desde então, Duque era considerado foragido. Sua localização foi possível graças a uma operação de inteligência da Polícia Federal, que o encontrou em uma residência no município de Volta Redonda.

Duque já havia passado quase cinco anos em prisão preventiva, de 2015 a 2020, período em que obteve o direito de responder aos seus processos em liberdade. Na ocasião, a Justiça considerou que os processos ainda não haviam transitado em julgado.

Renato Duque foi um dos primeiros alvos da Operação Lava Jato, sendo condenado pela primeira vez em 2015 por associação criminosa. Outras condenações subsequentes apontaram seu envolvimento em crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os casos foram julgados inicialmente pelo então juiz Sergio Moro, que concluiu que Duque estava envolvido em um esquema de pagamento de propinas na Petrobras, com desvio de recursos para contas no exterior e financiamento de campanhas políticas.

A Polícia Federal confirmou que Renato Duque já foi encaminhado ao sistema prisional do Rio de Janeiro. Ele foi admitido na Cadeia Pública José Frederico Marques, localizada em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária.

A defesa de Duque havia apresentado uma apelação ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de evitar sua prisão. Em recursos anteriores, a defesa argumentou a incompetência do ex-juiz Sergio Moro para julgar o caso, alegando que deveria ser da alçada da Justiça Eleitoral.

O STF já anulou alguns processos conduzidos por Moro durante a Operação Lava Jato, tanto por questões de competência como por falta de imparcialidade. Em 2021, o STF reconheceu a suspeição do ex-juiz em um processo que resultou na prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, várias condenações, provas e acordos relacionados à Lava Jato passaram a ser contestados, com o STF acatando algumas dessas contestações.

Fonte: Agência Brasil

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