Brasil

PT realiza ato em memória de Marcelo Arruda pede paz e justiça; vídeos

Marcelo Arruda foi morto a tiros durante a festa de seu 50º aniversário, pelo policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho

Da Redação

Domingo - 17/07/2022 às 16:43



Foto: Eduardo Matysia Ato em Foz do Iguaçu pede justiça por Marcelo Arruda
Ato em Foz do Iguaçu pede justiça por Marcelo Arruda

O Partido dos Trabalhadores (PT) realizou neste domingo (17), em Foz do Iguaçu (PR), um grande ato pela paz e justiça em nome de Marcelo Arruda, brutalmente assassinado na semana passada por um bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho. Ele foi morto a tiros durante a festa de seu 50º aniversário.

Lideranças políticas, representantes religiosos, indígenas e familiares homenagearam o dirigente petista, incluindo a presidenta Nacional do PT Gleisi Hoffmann e o ex-governador do estado Roberto Requião. Outros atos para honrar a memória de Marcelo foram organizados em capitais como Porto Alegre, Curitiba e São Paulo.


Em discurso no qual homenageou Marcelo e sua família, Gleisi Hoffmann afirmou que a violência política não pode ser mais tolerada e precisa ser enfrentada em todo o país, com a participação da sociedade civil. 

“Não podemos deixar normalizar crimes e assassinatos como esse, sob pena de transformarmos um processo político, eleitoral, em um banho de sangue da população brasileira. O caso do Marcelo não é um caso isolado, não é uma briga de vizinho, que já seria trágica, mas não é”, disse Gleisi, reforçando que o ato pela paz não é eleitoral, mas uma manifestação política por justiça.

“Marcelo morreu por acreditar numa ideia, por ter uma posição política, por defender essa posição. Quem o matou, o fez por isso, não foi por outro motivo, não tinha uma rixa, uma dívida com ele, nem o conhecia ou convivia com ele.  [O assassino] entrou naquela festa, não queria só matar o Marcelo, queria exterminar um grupo político. E isso tem sido incentivado há alguns anos na nossa sociedade”, argumentou.


Gleisi lembrou de outros assassinatos por motivação política, como os recentes de Bruno Pereira e Dom Phillips e Marielle Franco, e responsabilizou Jair Bolsonaro pela escalada de violência no país. “O ódio não pode ser instrumento da política, quando isso acontece, vira guerra. Isso tem nome, tem endereço: Jair Messias Bolsonaro”, acusou. 

“Nós estamos na política porque sempre tivemos causa. Mas jamais achamos que é exterminando o outro que nós vamos resolver os problemas da sociedade ou ganhar a parada. Sempre fizemos pela discussão e pelo debate. E é isso que queremos dizer hoje: que queremos que seja restabelecida a paz e a justiça no processo político e, principalmente, no processo eleitoral que se avizinha”, alertou a presidenta do PT.

Medidas

Gleisi anunciou que o partido acionou a Procuradoria-Geral da República para que o crime seja federalizado. Do mesmo modo, uma ação foi protocolada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para coibir atos de violência política. “Pedimos uma ação contra aqueles que estimulam e incentivam a violência, os que fazem vídeos que dizem que vão matar, que vão justiçar com as próprias mãos, incluindo o presidente da República, pela responsabilidade que ele tem”, explicou.

“A responsabilização não é só de quem puxou o gatilho, é de quem incentivou e incentiva o tempo inteiro para que os gatilhos sejam puxados”, justificou.


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