O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião nesta segunda-feira (10) no Palácio do Planalto com reitores de universidades e institutos federais. O objetivo foi anunciar investimentos significativos nas instituições de ensino.
O ministro da Educação, Camilo Santana, revelou que serão destinados R$ 5,5 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para universidades e hospitais universitários. Desse montante, R$ 3,17 bilhões serão direcionados para a consolidação de estruturas, R$ 600 milhões para expansão e R$ 1,75 bilhões para hospitais universitários.
A consolidação abrangerá investimentos em salas de aula, laboratórios, auditórios, bibliotecas, refeitórios, moradias e centros de convivência. O programa contempla 223 novas obras, 20 em andamento e 95 retomadas.
A expansão envolverá a criação de 10 novos campi vinculados a universidades já existentes, distribuídos nas cinco regiões do país.
Os novos campi das universidades federais serão estabelecidos em:
- São Gabriel da Cachoeira (AM)
- Cidade Ocidental (GO)
- Rurópolis (PA)
- Baturité (CE)
- Sertânia (PE)
- Estância (SE)
- Jequié (BA)
- Ipatinga (MG)
- São José do Rio Preto (SP)
- Caxias do Sul (RS)
No que diz respeito aos hospitais universitários, serão realizadas 37 obras em 31 hospitais de ensino e atendimento à população. Adicionalmente, serão construídos oito novos hospitais universitários em diferentes estados do país.
- Universidade Federal de Pelotas (RS)
- Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)
- Universidade Federal do Acre (AC)
- Universidade Federal de Roraima (RR)
- Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ)
- Universidade Federal de Lavras (MG)
- Universidade Federal de São Paulo (SP)
- Universidade Federal do Cariri (CE)
Além dos investimentos em infraestrutura, o governo destinou um acréscimo de R$ 400 milhões para o custeio de universidades e institutos federais.
O presidente Lula conduziu o encontro em meio a uma greve dos professores e servidores da educação superior, que demandam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas em gestões anteriores.
Apesar das negociações em andamento, as paralisações persistem em algumas instituições. O presidente, conhecido por seu histórico como líder sindical, assegurou que ninguém será punido devido à greve e reiterou seu compromisso com a valorização do ensino público.
Antes deste anúncio, o governo já havia divulgado o plano de criação de 100 novos campi de institutos federais. As ações visam atender às demandas das instituições e acelerar o encerramento das paralisações, contribuindo para o fortalecimento e expansão da educação superior no Brasil.
Fonte: G1