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ESCÂNDALO

Policial que ameaçou Natuza Nery já defendeu golpe de Estado e atacou urnas em 2022

Arcenio Scribone Junior, suspeito de ameaças à jornalista, é bolsonarista radical com histórico de postagens antidemocráticas

Da Redação

Quinta - 02/01/2025 às 10:34



Foto: Reprodução/Montagem/Redes Sociais O policial civil de São Paulo, Arcenio Scribone Junior, e a jornalista Natuza Nery, da GloboNews
O policial civil de São Paulo, Arcenio Scribone Junior, e a jornalista Natuza Nery, da GloboNews

O policial civil Arcenio Scribone Junior, que foi identificado como o responsável por ameaçar a jornalista Natuza Nery, da GloboNews, é um notório defensor de ideias antidemocráticas. Além de expressar apoio a manifestações golpistas, ele já questionou a legitimidade das urnas eletrônicas e do resultado das eleições de 2022. Após as ameaças contra Nery, ocorridas na segunda-feira (30/12), ele apagou seus perfis nas redes sociais, mas publicações antigas continuam a evidenciar sua adesão a discursos radicais.

Em dezembro de 2022, Scribone compartilhou postagens que elogiavam manifestações favoráveis a um golpe militar no Brasil. Em uma dessas publicações, ele expressou orgulho de um protesto golpista em frente ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, e mencionou que o povo brasileiro estava “vivo”. Cartazes exibiam slogans como “Brazil was stolen” e “Resistência”. Na mesma época, ele disseminou informações falsas sobre o resultado da eleição de 2022, alegando que Jair Bolsonaro havia vencido o pleito com 73% dos votos, contrariando os resultados oficiais.

Postagem feita pelo policial durante manifestações antidemocráticas - Reprodução

Além disso, Scribone fez publicações no final de 2024, em que afirmou que, caso pudesse fazer tudo o que quisesse, acabaria "preso ou morto", referindo-se ao apoio ao ex-presidente Bolsonaro.

Fake news postada por Arcenio Scribone sobre o resultado eleitoral de 2022 - Reprodução

Ameaça a Natuza Nery 

A ameaça à jornalista Natuza Nery ocorreu na quarta-feira (1º), em um supermercado localizado na Zona Oeste de São Paulo, onde Scribone, ao vê-la, começou a proferir insultos e ameaças. Durante o episódio, ele disse que "pessoas como ela merecem ser aniquiladas" e continuou com xingamentos enquanto Natuza estava no caixa. O policial também fez referência a falas do ex-presidente Jair Bolsonaro, responsabilizando a Globo e Natuza pela situação política do país.

Após o incidente, Natuza acionou a Polícia Militar, e tanto ela quanto o policial foram conduzidos ao 14º Distrito Policial de Pinheiros. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que a Corregedoria da Polícia Civil abriu uma investigação para apurar os fatos, incluindo a busca por imagens de câmeras de segurança e testemunhas do ocorrido.

Fonte: Diário do Centro do Mundo

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