A Polícia Civil de Catanduva (SP) abriu inquérito para apurar a conduta de 11 pessoas envolvidas em um vídeo que circulou nas redes sociais, no qual elas reproduzem um gesto considerado uma saudação nazista. Segundo o delegado seccional João Lafayette Sanches Fernandes, a investigação foi iniciada a pedido do Ministério Público (MP), após o promotor Gilberto Ramos de Oliveira Junior receber ao menos quatro denúncias sobre o conteúdo.
O gesto, que ganhou destaque em 2017 quando o bilionário Elon Musk o fez na posse do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou indignação em diversos setores. No vídeo investigado, o grupo teria reproduzido o ato durante um encontro privado, mas a gravação acabou sendo compartilhada nas redes sociais no último sábado (25), o que levou à ampla repercussão.
Em nota, o grupo reconheceu o erro e pediu desculpas pelo ocorrido. Eles explicaram que o vídeo foi feito de forma irônica enquanto comentavam sobre a ação de Musk e que sua publicação não foi autorizada. “O episódio ocorreu em um ambiente privado. Um dos presentes ao encontro, porém, publicou uma fração do vídeo sem áudio em uma rede social, de modo que o conteúdo viralizou. Ao se dar conta do equívoco, a pessoa logo excluiu a publicação”, informaram.
Ainda no comunicado, os envolvidos afirmaram que entendem a gravidade do gesto: “Os investigados informaram que reconheceram a falha ao ‘não ponderar sobre os efeitos que esse tipo de gesto ocasiona’ e reforçaram que ‘regimes de extremismo, abominados por todos os integrantes do grupo, não devem ser banalizados ou normalizados’.”
O delegado João Lafayette destacou que a investigação está em fase inicial e se concentra na possível prática de apologia ao crime. As autoridades estão reunindo provas e depoimentos para avaliar o caso com base nas denúncias recebidas.
Enquanto a apuração segue, o episódio continua gerando discussões nas redes sociais, com opiniões divergentes sobre a intenção do grupo e o impacto da divulgação do vídeo.
Fonte: Brasil 247