O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o envio de ajuda federal para cidades atingidas pelo tornado que passou pelo Paraná entre a noite de sexta-feira (7) e manhã deste sábado (8). No total, seis pessoas morreram, sendo quatro em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava. Outras 430 ficaram feridas, de acordo com a Defesa Civil do estado.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, lidera uma comitiva do governo federal que está a caminho das cidades atingidas.
"Quero expressar meu profundo sentimento a todas as famílias que perderam seus entes queridos no tornado em Rio Bonito do Iguaçu e em Guarapuava, no Paraná. E prestar minha solidariedade a todas as pessoas que foram afetadas. Uma equipe liderada pela ministra Gleisi Hoffmann, composta pelos Ministérios da Saúde e da Integração e Desenvolvimento Regional, está se deslocando para a região. Técnicos da Defesa Civil Nacional especializados em ajuda humanitária e reconstrução, já estão a caminho das cidades, e profissionais da Força Nacional do SUS prestarão auxílio à população e às equipes do governo paranaense envolvidas no resgate e no auxílio às vítimas", anunciou Lula.
Destruição total
A passagem de um tornado deixou um rastro de destruição em várias cidades do Paraná. O município de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do estado, foi o mais atingido. Segundo o governo, 80% da cidade, que tem 14 mil habitantes e fica a 400 km de Curitiba, ficou destruída após ventos que chegaram a 250 km/h.
Imagens e relatos mostram um cenário de devastação, com casas destelhadas, prédios colapsados, postes e árvores derrubados. Moradores relataram que o tornado chegou acompanhado de chuva intensa, vento forte e granizo. O fenômeno foi confirmado pelo Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), que classificou o tornado preliminarmente como de categoria F2, com ventos entre 180 km/h e 250 km/h. Técnicos avaliam se algumas áreas registraram rajadas acima desse limite, o que elevaria a classificação para F3.

A Defesa Civil informou que há suspeita de pessoas ainda sob escombros. Um hospital de campanha foi montado no município para atender à grande demanda de feridos.
O coronel Jonas Emmanuel Benghi Pinto, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros do Paraná, afirmou que equipes de várias regiões do estado, inclusive de Curitiba, foram enviadas para reforçar o resgate.
“Nossas equipes disseram que encontraram um cenário de guerra. Temos uma equipe no local trabalhando com cerca bombeiros de várias regiões do Paraná na busca e resgate de pessoas. Nossa prioridade é a busca e o salvamento neste momento”, disse.
Ambulâncias e aeronaves foram mobilizadas para o transporte das vítimas. O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, confirmou que helicópteros estão auxiliando nos trabalhos. Às 19h de sexta-feira, mais de 3 mil imóveis estavam sem energia elétrica em Rio Bonito do Iguaçu, e a distribuição de água também foi afetada. Em todo o estado, cerca de 60 mil residências ficaram sem luz, segundo a Copel.
Governo do Paraná acompanha situação e mantém alerta
Em nota, o governo estadual informou que o fenômeno foi resultado de uma combinação de sistemas atmosféricos severos.
“Um intenso sistema de baixa pressão atmosférica formado entre o Paraguai e o Sul do País impulsionou ao longo da tarde e noite desta sexta-feira o deslocamento de uma frente fria, associada ao deslocamento de um ciclone extratropical do continente para o oceano. Por conta dessa combinação de sistemas foram registrados vários temporais severos sobre as regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Sul do estado”, diz o comunicado do Governo do Paraná.

O governador Ratinho Junior afirmou que acompanha de perto a situação e manifestou solidariedade às vítimas.
“A Defesa Civil e as nossas forças de segurança estão em alerta, mobilizadas e acompanhando as cidades atingidas pelas fortes tempestades. Nossa solidariedade à toda população das regiões afetadas. Seguimos em atenção permanente”, publicou nas redes sociais.
Além de Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava, os municípios de Candói e Laranjeiras do Sul também registraram estragos. Equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e voluntários continuam atuando nas buscas por desaparecidos e na assistência às famílias que perderam tudo.
Fonte: Revista Fórum
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