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Jornada de lutas pela reforma agrária organizou 55 ações no país

Mobilizações em 21 estados reforçam a urgência da reforma agrária e o combate à fome no Brasil

Da Redação

Domingo - 20/04/2025 às 10:05



Foto: Manuela Hernandez/MST Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária
Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária

A Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, organizada em todos os meses de abril pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mobilizou este ano, segundo a entidade, 50 mil pessoas em praticamente todas as unidades federativas do país.

Em 2025, as mobilizações ficaram mais concentradas entre os dias 1º e 17 de abril. Até o momento, de acordo com o MST, foram 55 ações em nível nacional, tendo como lema “Ocupar para o Brasil Alimentar”.

“Além da reivindicação da democratização do acesso à terra frente ao passivo de 145 mil famílias acampadas pelo país, as manifestações demarcam a reforma agrária e a agricultura familiar camponesa como soluções estruturantes para acabar com a fome no país”, destaca em nota o movimento.

A entidade explica que, “mesmo com os avanços da retomada de políticas públicas importantes para a erradicação dessa mazela social”, há, ainda, mais de 21 milhões de lares brasileiros passando por insegurança alimentar grave ou moderada.

Reforma Agrária e democracia

“Mesmo com os novos anúncios do governo Lula, desde o início de seu mandato menos de 5 mil famílias do MST foram assentadas e muitos desses processos de assentamento ainda não foram concretizados de fato”, detalhou a nota ao destacar que a reforma agrária e a mobilização popular são elementos que fortalecem a democracia.

As ações deste ano abrangeram 47 municípios localizados em 21 unidades federativas. De acordo com os organizadores, além de atos e protestos, foram feitas 28 ocupações de terra.

Dois novos acampamentos foram formados, e houve cinco ocupações de órgãos públicos ligados ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

A ideia é usar essas ocupações como forma de pressão para dar celeridade às negociações de desapropriação de áreas improdutivas que não cumprem sua função social.

Fonte: Brasil247

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