Brasil

GOLPE

Celular usado por militar no plano para executar Moraes era do Exército

Major Azevedo admite cadastro de chip com dados de terceiros e nega envolvimento em plano de sequestro de Moraes

Da redação

Quinta - 12/12/2024 às 08:54



Foto: Reprodução Major Rodrigo Bezerra de Azevedo foi indiciado pela PF no inquérito do golpe
Major Rodrigo Bezerra de Azevedo foi indiciado pela PF no inquérito do golpe

Um dos celulares utilizados por militares para monitorar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estava sob responsabilidade do Comando de Operações Especiais do Exército. De acordo com o depoimento do major Rodrigo Bezerra de Azevedo à Polícia Federal (PF), ele recebeu o dispositivo de uma caixa contendo diversos aparelhos usados em eventos de grande porte, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Nesta quarta-feira (11), Azevedo, juntamente com outros dois militares, foi indiciado no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado com o objetivo de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. O major justificou o uso do celular afirmando que o dispositivo seria utilizado para "coisas de serviço, viagem a trabalho, etc."

O major Rodrigo Bezerra de Azevedo negou envolvimento no plano para prender ou assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em depoimento à Polícia Federal, Azevedo afirmou que pegou o celular após o dia 15 de dezembro de 2022, data em que os golpistas planejavam sequestrar o ministro.

Azevedo admitiu, no entanto, que utilizou dados de terceiros para cadastrar o chip do aparelho. Ele justificou o procedimento, dizendo que esse tipo de prática é comum em "missões sensíveis", com o objetivo de "anonimizar" o celular. “A gente que trabalha com missões sensíveis, de anonimizar o celular, realmente. Minha intenção era ter esse celular para anonimizá-lo”, explicou o major.

Fonte: Diário do Centro do Mundo

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