Brasil

HOMICÍDIO

Caso Vitória: Defesa nega confissão de suspeito e contesta versão divulgada pela polícia

Maicol Sales dos Santos, único detido, desmente ter admitido o crime; perícia indica que ele monitorava a vítima há meses

Da Redação com informações do UOL

Terça - 18/03/2025 às 08:32



Foto: Reprodução/Redes sociais Defesa de Maicol Sales dos Santos, suspeito do assassinato de Vitória Regina de Souza, nega confissão.
Defesa de Maicol Sales dos Santos, suspeito do assassinato de Vitória Regina de Souza, nega confissão.

O caso do assassinato de Vitória Regina de Souza, 17 anos, ganhou novos desdobramentos nesta terça-feira (18). Maicol Sales dos Santos, de 27 anos, único suspeito preso, negou ter confessado o crime, contrariando informações anteriores divulgadas pela polícia. Vitória desapareceu em 26 de fevereiro, quando retornava do trabalho em Cajamar, na Grande São Paulo. Seu corpo foi encontrado em 5 de março, em uma área de mata, apresentando sinais de tortura.

A defesa de Maicol nega qualquer confissão de autoria ou participação no crime. Em nota, os advogados afirmam que as informações sobre uma suposta admissão, divulgadas nesta segunda-feira (17), são inverídicas.

Maicol foi detido em 8 de março após contradições em seu depoimento e evidências encontradas em seu veículo, um Toyota Corolla prata, visto próximo ao local do desaparecimento de Vitória. O veículo foi apreendido após manchas de sangue serem identificadas no porta-malas do carro, a perícia aguarda resultados para confirmar se o material genético pertence à vítima.

A polícia investiga se Vitória foi vítima de abuso sexual e se o sangue encontrado no carro de Maicol pertence a ela. As autoridades aguardam os resultados dos exames, que podem demorar devido ao processo de descontaminação do material biológico, conforme explicou o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, em coletiva de imprensa.

Além dos exames, a investigação analisou o celular de Maicol, que revelou uma coleção de fotos de Vitória e de outras jovens com características semelhantes à vítima, além de imagens de facas e armas de fogo. Após ser considerado suspeito, Maicol apagou as fotos do aparelho. Porém, a polícia conseguiu recuperar os arquivos com o auxílio de uma ferramenta. Esses indícios sugerem que ele monitorava a rotina da adolescente desde 2024, configurando uma possível obsessão.

O caso segue sob investigação das autoridades, que buscam esclarecer as circunstâncias do crime e a possível motivação de perseguição obsessiva por parte do suspeito.

Leia mais:

Caso Vitória: investigação aponta que suspeito monitorava a jovem desde 2024

Pai de Vitória é descartado como suspeito após perícia encontrar sangue em carro

Fonte: UOL

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia:

<