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EX-PRESIDENTE

Bolsonaro promete falar em interrogatório sobre plano golpista no STF

Segundo seu advogado, o ex-mandatário não recorrerá ao direito ao silêncio e está decidido a apresentar sua versão dos fatos

Da Redação

Segunda - 09/06/2025 às 08:00



Foto: REUTERS/Adriano Machado Jair Bolsonaro - 06/03/2025
Jair Bolsonaro - 06/03/2025

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) informou que o ex-presidente decidiu não usar o direito ao silêncio e vai se pronunciar sobre as acusações no depoimento que prestará ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (9), às 14h. O depoimento faz parte do inquérito que investiga seu possível envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. A informação foi confirmada pelo advogado Celso Vilardi.

No fim de semana, Bolsonaro se reuniu com aliados e advogados em São Paulo para definir a estratégia de como iria se comportar na audiência. O ex-presidente já havia dito em entrevistas anteriores que não usaria o momento para fazer declarações chamativas. Ele afirmou: "Não vou lacrar, mas me defenderei", referindo-se às acusações sobre o suposto plano de golpe após a derrota nas eleições de 2022.

Segundo a Constituição, réus têm o direito de ficar em silêncio, mas Bolsonaro escolheu falar. O depoimento será feito com perguntas do relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e também pelos advogados de defesa.

Os depoimentos estão sendo feitos presencialmente, com a exceção de Walter Braga Netto, que prestará depoimento por videoconferência por estar preso. Este será o primeiro encontro entre Bolsonaro e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, desde a delação premiada de Cid, que revelou detalhes sobre a tentativa de golpe.

No total, oito pessoas serão ouvidas, todas acusadas de envolvimento no planejamento do golpe, o "núcleo crucial" da conspiração. As oitivas vão até sexta-feira (13) e serão transmitidas ao vivo pela TV Justiça e pelo canal do STF no YouTube. A ordem das audiências será de acordo com o critério alfabético, exceto para Mauro Cid, que será o primeiro a falar por ser delator.

Ordem dos depoimentos:

  1. Mauro Cid (delator e ex-ajudante de ordens)

  2. Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da ABIN)

  3. Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha)

  4. Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF)

  5. Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)

  6. Jair Bolsonaro (ex-presidente)

  7. Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)

  8. Walter Souza Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil)

Fonte: Brasil247

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