A vice-governadora, Regina Sousa, chegou antes do governador Wellington Dias ao auditório da Secretaria de Cultura, onde aconteceria a primeira reunião do secretariado. Como é praxe, foi cercada pelos jornalistas e roubou a cena ao falar sobre a insatisfação na base governista, com vários partidos aliados questionando a escolha dos nomes para compor o governo. Ao contrário de Wellington Dias, que fugiu da pergunta, Regina Sousa foi objetiva: "não pode haver dissidência dentro do governo", para não colocar em risco a gestão do Estado como um todo.
“Uma dissidência dentro do governo não pode acontecer. Espero que não aconteça, mas é o caminho natural das coisas. O governo não é eterno, começa com uma equipe e pode ir mudando à medida que sentir necessidade”, afirmou a vice-governadora. Em miúdos, quem não estiver satisfeito, a porta da rua é a serventia da casa.
Regina Sousa avalia que o governador é experiente o suficiente para perceber se algo não for bem em determinada pasta e vai saber negociar esse problema, quando ele existir e se acontecer.
“Se não tiver [afinado com o governo petista], o governador vai perceber e vai fazer suas devidas substituições. O que tinha que acontecer, já aconteceu. Agora todo mundo que foi nomeado tem que executar quem está no plano de governo”, recomendou a vice.
Já Wellington Dias, antes de entrar para dar início à reunião com o primeiro escalão do governo, não quis colocar mais lenha na fogueira. O governador disse apenas que vai "prosseguir com o diálogo com os partidos e trabalhar, trabalhar muito".
