Meia Palavra

Meia Palavra

Mudança no horário da posse gera onda de boatos

Segunda - 06/05/2019 às 11:05



Foto: Chico Alberto Governador Wellington Dias na Marcha das Margaridas
Governador Wellington Dias na Marcha das Margaridas

A mudança no horário da posse dos novos gestores do primeiro escalão do governo Wellington Dias, das 10h para as 12h, no Salão Branco do Palácio de Karnak, provocou uma onda de boatos nos bastidores políticos, principalmente relacionados à insatisfação do Progressistas. O partido se reúne na manhã desta segunda-feira (6) para avaliar a composição do novo secretariado.

Há rumores de que o Progressistas estaria insatisfeito com os cargos que recebeu no governo; que o partido não teve qualquer participação na indicação de Sádia Castro para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Sádia teria sido uma indicação pessoal da irmã, ex-vice-governadora e deputada federal Margarete Coelho. Sem aval do Progressistas.

O deputado estadual Franzé Silva (PT), ex-secretário de Administração e Previdência de Wellington Dias, argumentou que a mudança de horário nada tem a ver com a reuinião do Progressistas.

O horário foi alterado, segundo ele, para não concorrer com a audiência pública na Assembleia Legislativa, convocada pelos deputados Franzé Silva e Francisco Limma, para discutir a Reforma da Previdência.

Franzé argumenta que elevar a alíquota e aumentar o tempo de contribuição para a concessão da aposentadoria, como defende o governo Bolsonbaro, não vão resolver o problema da Previdência. A criação de um fundo, com recursos dos royalties do petróleo do pré-sal, com a cobrança de impostos sobre as grandes fortunas, seria uma das saídas para capitalizar a Previdência.  

 A Marcha das Margaridas, organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e que movimenta diversas entidades, também seria um dos motivos da mudança de horário da posse dos novos gestores. Wellington Dias participou da marcha, ao lado da primeira-dama, deputada federal Rejane Dias (PT).  

Além do Progressistas, o PSD, do deputado federal Júlio César Lima, também estaria insatisfeito com os cargos que recebeu nesta nova composição do secretariado.  Por enquanto, os dois partidos continuam na base de sustentação do governo Wellington Dias, mas a possibilidade de rompimento existe, porque a ganância é maior que a confiança. E o interesse público é zero. 

Siga nas redes sociais
Paulo Pincel

Paulo Pincel

Paulo Barros é formado em Comunicação Social-Jornalismo/UFPI; com Especialização em Marketing e Jornalismo Político/Instituto Camilo Filho

Compartilhe essa notícia: